domingo, 27 de outubro de 2013

Segunda resenha: Crianças francesas não fazem manha.

Antes de começar, aviso as (aos) navegantes que o Blog mudou de nome. Sim, agora que estou esperando a irmã da Maria Helena, sempre vou utilizar esse espaço para fazer comparação dos primeiros dias e comportamento das duas. Acho que vai ser bem bacana!

Bom, vamos lá!

Capítulo 1 - Você está esperando uma criança?

Neste Capítulo, a Autora relata obre sua vida e sua profissão. Inicia dizendo que foi despedida e que sempre foi expert em evitar ter uma criança, por causa do trabalho, morava mais em Hotel do que na própria casa, mas que já conversava com o marido sobre a possibilidade de terem um bebê logo.

Nesse Capítulo fica claro que, com o matrimônio, 99% das mulheres mudam de vida radicalmente, assim como a Autora, muitas têm que mudar de domicílio por causa dele (muitas vezes o trabalho é a causa fundamental pra isso). Ela relata que não é muito fã da França, principalmente porque as pessoas (inclusive o marido, que não é francês, mas que se adaptou muito bem à França) não riem e aqui eu descrevo um trecho onde ela fala isso.

"O fato de não rir também aponta uma fenda cultural ainda maior entre nós. Como americana, preciso que as coisas sejam bem claras. No trem de volta a Paris depois de um final de semana com os pais de Simon, eu pergunto se eles gostaram de mim". (p.29)

Ela descreve a dificuldade em fazer amizades na França e aí ela se "refugia" em um livro de Edmund White, escritor americano que morou na França nos anos de 1980. Ele é a primeira pessoa que afirma que se sentir deprimido e sem propósito é uma reação perfeitamente racional a viver em Paris. E assim ele diz: "Imagine morrer e ficar grato por ter ido para o céu, até que um dia (ou um século) você percebe que seu humor principal era a melancolia, embora estivesse constantemente convencido de que a felicidade estava depois da próxima esquina. Assim é viver em Paris durante anos, até mesmo décadas. É um inferno brando e tão confortável que parece o céu." (p.30)

Isso é perfeito, porque não estamos satisfeitos nem mesmo com a perfeição! Essa complexidade do ser humano é indescritível e jamais entenderemos.

Logo após, a Autora descobre que está grávida e junto com êxtase vem a ansiedade. Quem de nós (mães) não se sentiu assim quando descobriu que estávamos grávidas?! Mais que normal! Imediatamente ela começa a fazer pesquisas na internet sobre gravidez. Quem nunca?! E fica viciada no site (BabyCenter), qem não conhece, vale a pena, é muito bacana!

A partir daí, ela começa a fazer pesquisas sobre tudo, e chega a seguinte conclusão: "Todo mundo com quem falo se guia por livros diferentes. Compro muitos deles. Mas, em vez de me fazer sentir mais preparada, ter tantos conselhos conflitantes torna os próprios bebês enigmáticos e misteriosos. Quem eles são e de que precisam parecem depender de que livro você lê." (p.32)

Aqui, ela responde porque eu abomino esses Manuais de criação e educação de filhos (os mais radicais então, nem leio!)

Bom, a Autora descreve insistentemente sobre sua ansiedade e diz que, em suas pesquisas em sites americanos que ela consegue acessar facilmente, há concentração na única coisa que as mulheres conseguem controlar: a comida. E aí ela cita o livro "O que esperar quando você está esperando" que diz que, enquanto você leva o garfo à boca, reflita sobre o alimento, principalmente se ele vai beneficiar o bebê.

E aí ela concorda (assim como eu) de que, todos esses Manuais a única coisa que é unânime, é o fato de proibirem o uso de álcool e cigarros durante a gestação.

Esse livro "O que esperar quando você está esperando" contém algo chamado A Dieta da Gravidez, que o Autor alega poder melhorar o desenvolvimento cerebral fetal, reduzir o risco de certos defeitos de nascimento e até tornar mais provável que seu filho cresça e se torne um adulto saudável.

Aqui você começa a fazer dieta para ganhar peso, diz a Autora e relata que em um livro americano de título "De mulher para mulher: tudo que você precisa saber sobre gravidez", a Autora do livro diz a seguinte frase: Vá em frente e COMA!

Gente, há mulheres que pensam que por estarem grávidas, podem comer tudo e fazer tudo, inclusive ficar mal cuidada, mulambenta, gorda, com uma aparência horrível! Pelo contrário, a mulher quando engravida, o cuidado tem que redobrar, principalmente com a ingestão de alimentos doces (diabetes gestacional é uma doença corriqueira nas grávidas). Comer comida saudável não custa nada. O que não pode é usar a gravidez para ficar desleixada! Gravidez, por si só é algo mágico, ilumina a mulher, não vamos deixar esse brilho ser ofuscado pelo desleixo, por favor!

Engordei 9 kg na minha primeira gestação, com 1 mês após o nascimento da minha filha, estava usando minhas calças 36! O efeito em mim, foi o contrário. Depois do nascimento dela, nunca mais atingi meu peso ideal, sempre fiquei abaixo (52-53kg). Dessa segunda gestação, o caminho está sendo o mesmo, o diferencial é que estou desejando comer muita salada, cenoura ralada, beterraba, sucos naturais, etc. Não estou fazendo dieta, como de tudo um pouco e mantenho o peso ideal. Estou entrando na 26ª semana e engordei 5kg (Maria Eduarda pesa quase 1kg e é enorme!). No geral, estou ótima!

Voltando ao livro. Depois a Autora diz que a evolução de "mulher à mãe" é inevitável, você passa a trocar cosméticos por roupinhas de bebê, o padrão muda. E muda mesmo, principalmente se o bebê for menina, as mães beiram a loucura!

Fala um pouco de sexo na gravidez e diz que, em alguns livros, é tido como "naturalmente complicado" e o que levou a mulher a essa situação agora pode se tornar um dos seus maiores problemas. É verdade, principalmente quando está perto do nascimento do bebê. Eu já ouvi muitas histórias loucas, até porque trabalhei alguns anos com meu tio que é médico e tinha muito contato com secretárias de ginecologistas, sempre ouvia muita coisa louca, tipo " na hora do parto, uma paciente resolver dá uma rapidinha com o marido"? Como assim?!

Finalizando, a Autora diz que criar um filho na França, será mais complicado do que nos EUA (já que ela é de lá). Os franceses são tão frios que não se importam se acender um cigarro ou mesmo dizer para a Autora sobre os perigos da cafeína, apenas se limitam a dizer: "Você está esperando uma criança?"

Diferença crucial aqui no Brasil, nós tendemos a sempre "dar pitaco" quando alguma amiga está grávida. Sempre fazemos questão de relatar como foi nossa gestação, o que passamos e sempre damos algum conselho. Algumas pessoas gostam, outras não. Natural isso. Eu mesma já ouvi um trilhão de conselhos, principalmente de pessoas mais velhas, até saber filtrar o que interessa e o que não interessa, o que acrescenta e o que atrapalha, é sempre bom termos essa distinção. Outra coisa é distinguir que cada criança é diferente. O que serviu pra mim, pode não servir para minha amiga. Sempre ter em mente que você só aprenderá na prática, é a vida que te ensinará como proceder de acordo com cada situação e assim vamos vivendo!

Termino aqui o Capítulo 1.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Mamães leitoras: porque não?!


Bom, primeiro vou contar como surgiu a ideia de "mamães leitoras". Para início de conversa, criei um grupo de amigas no whatsapp chamado "Mães-amigas", a priori era "Vizinhas", só que acabei adicionando as amigas (que não moravam em nosso Condomínio) e ficou "Mãe-amigas" mesmo. A partir daí, conversa vai conversa vem, sugeri que cada uma lesse um livro e fizesse a resenha para as demais, assim poderíamos trocar ideias e não nos sentiríamos as "únicas a passar por isso/aquilo".

No meio do bate papo, disse que estava lendo um livro e estava gostando muito (apesar de achar que teoria e prática quando se trata de filhos, andam um pouco distante), cujo título é: "Crianças francesas não fazem manha", de autoria de Pamela Druckerman.

Para minha surpresa, na segunda página já me identifiquei (sou daquelas que se não gostar da leitura nas primeiras páginas, não leio mais!). E, no grupo das "Mãe-amigas" me comprometi a fazer a resenha (e aqui eu abro parênteses para afirmar que é o que eu acho, e que às vezes eu sou muito radical com os Autores, confesso!).

Começo a resenha falando da capa do Livro, lógico! Porque nós (brasileiras, pelo menos eu), imaginamos as mulheres parisienses como sinônimo de perfeição, delicadeza, sutileza, suavidade e, porque não dizer, glamourosas? Enquanto nós não conseguimos ter esses adjetivos?

E não poderia ser diferente, a capa do Livro retrata justamente isso, a foto de uma mãe linda, elegante, charmosa, lanchando com seus filhos, sentados numa mesa, comportados, sorrindo e todos em harmonia. Essa cena é a cena de nossos sonhos! Sim, porque quantas e quantas vezes nós temos que chamar atenção de nossos filhos para permanecerem sentados (quando sentam), comerem o que nós desejamos que eles comam, isso quando o escândalo já não começou?!

Pois bem, abaixo a foto do Livro para vocês comprovarem o que eu acabei de escrever.


Porque esse Livro em especial me chamou atenção? Porque ao ler as primeiras páginas, percebi que a Autora não é aquela pessoa que ou é 8 ou 80 quando descreve sua opinião sobre a criação de filhos. Ela leu bastante, algumas dezenas de Manuais de como criar filhos e emitiu com naturalidade e ponderação, sua opinião. E faz a gente pensar e rever alguns conceitos, algumas atitudes em relação a criação de nossos filhos sem nos sentirmos culpadas.

Não sou fã de Manuais, de forma alguma e sempre deixei claro que abomino total. Já li várias pessoas falando de um Livro que se chama "Encantadora de bebês", "Supernanny", etc., eu penso e defendo a tese de que cada criança é diferente (lógico), cada criança reage de uma forma ao ser repreendida, algumas são boazinhas por natureza, enquanto outras são agitadas e cabe aos pais conhecerem as necessidades dos filhos para poderem agir de forma adequada.  Sou totalmente contra a generalização da criação e a criação a ferro e fogo, para mim as coisas não funcionam dessa forma.

Mas, voltando ao Livro, ao olharmos a capa nos perguntamos de imediato:
1. Qual é o meu problema?
2. Porque meus filhos não me obedecem?
3. Isso acontece só comigo?
4. Porque ela consegue e eu não?
5. O que está errado na criação dos meus filhos?

Perguntas que serão respondidas ao longo das resenhas. Fico por aqui. No próximo post falo sobre os Capítulos 1, 2 e 3.   

Podemos perceber que algo pode ser melhorado, algumas atitudes devem ser tomadas e que não existe o "agora é tarde", "ele é assim e pronto", "deveria ter feito isso antes".

O que existe é o agora, o hoje e que se você não tiver determinada a aplicar essas mudanças (e muitas vezes não são os filhos que não se adaptam, são as mães que não se adaptam as mudanças), isso pode comprometer o futuro do seu filho, da sua família, do seu casamento.

Vou começar a escrever devagar e objetivamente sobre os Capítulos iniciais (aqui tem que ficar a curiosidade no ar, não é?!)