Uma das coisas que eu sempre disse que iria fazer quando tivesse um filho, era deixar ele ser o mais independente possível. Confesso que não é uma tarefa fácil, principalmente, para uma mãe de primeira viagem.
Há alguns meses, que eu e meu marido, andávamos amadurecendo a ideia de que nossa filha fosse passar uma semana na casa das tias e avó, em São Luís, Maranhão. Isso mesmo, em outro Estado e sem nossa companhia. Difícil, não?! Claro, com certeza.
Um dia decidíamos que ela iria com a babá e que ficaríamos tranquilos, no outro, simplesmente falávamos que não, ela não iria, era muito cedo para uma viagem "sozinha". E assim foi por algumas semanas...até que batemos o martelo e Maria Helena estava de malas prontas.
Quando eu estava arrumando a mala dela, passou um filme em minha cabeça. Como podia uma criaturinha, tão apegada a mim e ao pai, simplesmente arrumar a mala com a babá e viajar?! Tá, o fato da viagem durar uma hora ajudou muito. Afinal, uma hora chorando, não mata nenhuma criança (pensamento ridículo esse meu!).
Bom, mesmo com as malas prontas, a ficha parecia não ter caído. E, de fato, não caiu. Até eu me deparar embarcando ela e a babá! Meu Deus! Eu estava mesmo fazendo aquilo?! Sim. Naquele momento, eu pensei: "Agora vai ou vai, não temos mais opção". E assim foi.
Depois de uma hora, tivemos notícias de que a viagem tinha sido maravilhosa e que Maria Helena estava super tranquila. Que bandida! Tudo certo, ela já estava em solo maranhense e agora era torcer para que ela não estranhasse ninguém. Dito e feito. A moleca estranhou um pouco no início, mas logo logo estava super à vontade.
Ao chegar em casa, imediatamente, o vazio tomou conta de mim e de meu marido. Olhávamos para o quarto dela e os demais cômodos da casa, parecia tudo tão triste. Era como se não existisse o "antes dela nascer". Tudo tão quieto, tão silencioso, tão sem graça! Nos deparamos na falta que a bonita faz em nossa vida.
Eu olhava para meu marido e dizia: "Cadê amor? Tá tão sem graça só nós dois". Enfim, já não tinha mais como voltar atrás. Então, demos o segundo passo. Vamos curtir! Como tínhamos uma viagem marcada também, começamos a planejar o que iríamos fazer. Aproveitei e tirei uma boa noite de sono, coisa que há anos eu não fazia!
Depois do primeiro dia, foi bem mais tranquilo pra gente. Sempre víamos fotos de Maria Helena na rua, na praia, feliz, então, isso servia como um consolo. Viajamos para São Paulo, curtimos, andamos, retornamos e, um dia após nosso retorno, Maria Helena chegou.
Aí que eu comecei a entender quando as pessoas sempre dizem: " Meu Deus, como ela cresceu"! Eu estava na mesma situação. Olhei minha filha, tão linda, tão crescida, tão arrumadinha, tão bem cuidada que ali, naquele momento, eu tive a certeza que fiz a coisa certa. E ela passou no teste com louvor!
Fui muito criticada, eu sei. Muitas pessoas diziam que eu era louca, que elas não tinham coragem de fazer isso, que Maria Helena é muito pequena para viajar com a babá, etc. O que pesa é o fato de nenhuma das nossas famílias residir no mesmo Estado.
Não quero e nem vou criar minha filha longe dos primos, das tias, tio, avós porque ficarei com medo de algo acontecer. Muitas coisas são inevitáveis. Graças a Deus, a babá da minha filha é uma segunda mãe pra ela e muitas vezes, ela se sai melhor que eu. Não posso embarcar na "onda" do "achismo" e privar minha filha de ter suas próprias experiências. Se é cedo ou não, só o tempo dirá.
Não me arrependo nem um pouco. Pelo contrário, já estou programando a segunda viagem dela, só que agora, para a casa da outra avó. Creio que é muito importante para ela e para a família, manter contato. E, sempre que puder, estarei estreitando esse laço único.
Minha filha é uma lady. Confesso que é geniosa, mas ela sabe até onde pode ir. Sabe quando falamos sério, sabe quando fazer manha e quando obedecer e isso temos que ensinar desde cedo, para que ela não aprenda da forma mais dura, com a vida.
Para as mamães que se sentem inseguras com relação à isso, o principal é ter confiança em sua babá e nas pessoas que estão com ela. Se seu filho tem plano de saúde, não há o que temer. Qualquer emergência, o Hospital é a melhor lugar. Frise-se, EMERGÊNCIA! Quebrou um braço, uma perna, etc..fora isso, nada de Hospital!
Metam a cara e confiem, tudo tende a dá certo! Vou curtir minha filhota enquanto programo a próxima viagem dela, rs.
Ah! E uma semana demora mais que sete dias, mais que 168 horas, demora uma eternidade quando se está longe da cria!
Ah! E uma semana demora mais que sete dias, mais que 168 horas, demora uma eternidade quando se está longe da cria!
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