segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Estou grávida, e agora?






Quando me casei em Janeiro de 2010, eu e meu marido planejávamos ter filhos logo! Ele dizia que não queria ser "pai-avô" e, eu, compartilhava da mesma idéia! Como eu tinha SOP (Síndrome de Ovários Policísticos), sabíamos que não iria ser nada fácil, como não foi! Pois bem, fizemos todo planejamento para a chegada do bebê ainda em 2010 para que nascesse em 2011 (ano que ele faria 30 anos). De Janeiro a Julho de 2010, sem tomar nenhum tipo de medicamento e sem usar nenhum meio para evitar a gravidez, sentamos e conversamos. Decidimos então esperar mais um pouco. Eis que, retorno à minha Ginecologista com alguns sintomas estranhos. Eu, justificando tais sintomas, pelo fato de ter SOP e de não estar tomando pílulas conraceptivas. Pois bem. Relatado todos os sintomas à Dra, ela me diz: "Sintomas de grávida, hein! Vamos fazer o seguinte, vais fazer uma US transvaginal e um Beta e aí veremos o resultado antes de te passar uma pílula". Na minha cabeça, isso era impossível!
Em meados de Agosto fiz a US e, nada apareceu! Na minha cabeça, gravidez estava descartada! Mas, ainda faltava o Beta. Bom, como na US não aparecia nada, o Beta daria negativo (pensamento meu). Meu marido já estava todo triste, achando que não seria Papai!
Ele havia ido trabalhar logo cedo e eu, aproveitei para fazer o exame no Laboratório. No final da tarde, fui buscar o resultado e, o momento mais paradoxo da minha vida: POSITIVO!
Não sabia se ria, se chorava, se gritava, se pulava, se corria, enfim, uma explosão de alegria, aflição, parecia que o mundo girava ao meu redor, eu simplesmente não pensava!
Peguei o resultado e só conseguia pensar: "Como assim?!" Na US não apareceu nada!
Retornei à Dra. e ela disse: "A chance do Beta estar errado é quase 0". Refaça a US para tirarmos as dúvidas!
Refiz e, a primeira coisa que ouvi foi o coração de um ser que se formava dentro de mim! Uma explosão de sentimentos! No meio disso, havia comprado um chaveiro com o nome de Papai, colocado o exame dentro de uma caixa e entregue ao meu marido, que ficou sem acreditar, ele também não sabia se chorava, se me beijava, se ligava para a família para contar, enfim, parecíamos duas crianças ganhando o melhor presente do mundo!
E, então, começou nossa jornada de Papai e Mamãe.

Por experiência própria, posso dizer, desde o primeiro instante em que ouvi o som do coração do meu bebê na minha barriga, naquele momento, houve uma transformação em mim. Passei a amar incondicionalmente àquele pedacinho de gente que, dependia de mim para crescer, se fortalecer e, nascer! Naquele momento passou um filme em minha cabeça. Passei a questionar se eu seria uma boa mãe, como ficaria meus objetivos profissionais e, mais um turbilhão de coisas, até que, simplesmente disse: "Deus, cuida de mim e de minha filha e, abre as portas para que não falte nada à ela e à mim, principalmente amor". E, a partir daquele dia, tornei-me uma outra pessoa!



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