quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Menos mãe? É sério!

O post de hoje é mais um desabafo do que qualquer outra coisa. Acho até que vou pontuar para facilitar o entendimento.

1. Sobre ser mãe

Bom, minha "filosofia de vida" e experiência como mãe é única, pessoal, não se aplica as demais mães, ok? Digo isso para explicar o que escreverei adiante.

Bem, ser mãe, não é fácil. Até aqui não há novidade. Difícil mesmo é ter que explicar em qual modalidade de mãe você se enquadra. Nossa! Isso existe? Claro! Modalidades de mãe. Vamos lá. 

Temos:
a) Mãe helicóptero: aquela que o filho não se dá ao "trabalho" de pensar e ela está ali, pronta para atender aos desejos do filho.
b)Mãe 24h: é aquela que "vive" em função do filho, abdicando de muitas coisas, incluindo cuidados pessoais;
c) Mãe metralhadora: é aquela que sai destruindo qualquer um que contrarie os supostos desejos do seu filho;
d) Mãe que é quase-mãe: é aquela que trabalha fora e não pode dá assistência ao filho sempre. (Acho que me enquadro aqui).
e) Mãe super poderosa: é aquela que se mostra forte o suficiente para não sentir culpa.
f) Mãe fitness: é aquela que embora "viva" para os filhos, não esquece dos cuidados consigo.

E assim temos mais uma porrada de "modalidades" de mãe. 

Estou apenas relatando ao que chega aos meus lindos ouvidos que, por algum momento, acredito que as pessoas confundem com "penico", só pode!

2. O papel da mulher-mãe na sociedade e família

Digo sempre que minha ideia de maternidade e mundo é para poucos. Questionamos o papel da mãe, o papel da mulher, o papel do marido (ops! Esse não!). Fico pensando nas minhas filhas futuramente, como elas serão. O que farão. Tentamos educar para que sejam independentes mas, ao mesmo tempo, não podemos proibir uma brincadeira de ninar uma boneca (fato relatado por Thaís Araújo). São crianças! Estamos querendo colocar na cabeça de crianças algo que nós, adulto, sequer temos definido mentalmente.

Levamos patadas por todos os lados. Somos julgadas por todas e todos. A maior parte dos julgamentos vem de nós, mulheres! Ora! Não deveríamos defender uma às outras? É muito fácil apontar o dedo e julgar, principalmente sem conhecer. Principalmente quando temos que ouvir de uma professora que "você não leva o seu filho na escola e, portanto, não o acompanha". Como assim? Vejo tantas mães levando seus filhos na escola (quando eu as levo), com um olhar sem vida, sem paixão, sem amor! Quer dizer então que sou menos mãe por isso?

Vou contar minha manhã de hoje, já que o dia está longe do fim!

Acordei às 6h da manhã, tomei banho, tomei café e subi para meu quarto para terminar de me arrumar. Nesse meio tempo, minha caçula acordou e pediu para que eu não fosse trabalhar. Fiquei com ela por 15 minutos, explicando que hoje chegaria mais cedo e que se ela voltasse a dormir, ao acordar eu estaria ao lado dela. Ela acreditou. Voltou a dormir. Cheguei em casa por volta de 9:30h e ela estava dormindo, do mesmo jeito que a deixei ao sair. Ao abrir os olhos, ela me viu e disse: Mamãe, você tá aqui! Abraçou e me beijou. 5 minutos depois, voltou a dormir.

Contei essa historinha para que as pessoas entendam que os momentos e a relação de confiança é fundamental. Meu papel como mãe é orientar e mostrar que, estarei aqui! Sempre! Não posso carregar um sentimento de culpa porque não consigo deixar minhas filhas na escola todos os dias.

Ouço diariamente a seguinte frase: "Tu é doida! Começou o Doutorado e logo logo vai se divorciar, pode esperar". Como assim? Quer dizer então que meu marido, que trabalha fora de segunda à sexta, pode se ausentar e eu, que tento ser alguém na vida, não posso abdicar de alguns finais de semana por escolher estudar? Quer dizer que se não cair na farra com meu marido, já que estamos juntos praticamente os finais de semana, vamos nos divorciar? Que mundo é esse? Que mentalidade é essa?

Julgamos tanto o outro que esquecemos de seguir nossos sonhos, nossos objetivos. Vivemos tanto para agradar o outro que esquecemos de nós. Temos tantas pessoas frustradas que a única coisa que elas conseguem fazer na vida é julgar.

Confesso que ultimamente tudo que não me agrega, dispenso! Isso não é ser antissocial, é ser racional, é ser como disse alguém "diferentona".

Sejam mães, apenas!

Bom restinho de semana.