sexta-feira, 21 de abril de 2017

Amou daquela vez como se fosse a última..

Hoje é um dia realmente muito especial. Já que explico o título do post.
A frase que é o título, faz parte da música de Chico Buarque de Holanda, Construção.
A música em si é muito forte e, a escolhi porque hoje é um dia realmente especial.
Para quem não conhece a música, segue link no site Vagalume: https://www.vagalume.com.br/chico-buarque/construcao.html

Bom. A música começa assim:  

"Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único".

Ontem, a avó dos meus primos veio à óbito. E hoje, é o aniversário da minha, 79 anos.
Escolhi a música de Chico Buarque porque reflete o que o dia de hoje representa.

Amar nossos avós, mãe, pai, irmãos, tios, como se fosse o último dia deles. Beijar nossos filhos, irmãos, amigos como se fosse o último dia deles ou, nosso! Amar e beijar nossos filhos como se fossem os únicos.

A vida é um mistério e o é porque Deus quis assim. Devemos fazer com que o mundo seja mais agradável. Devemos fazer com que as pessoas se sintam mais leves. Devemos amar. Devemos respeitar. Devemos agradecer. Devemos aprender. Mas, será que estamos preparados para tantos deveres? 

Hoje acordei com o sentimento de gratidão à Deus. Gratidão porque durante anos eu não pude estar com minha avó no aniversário dela, seja por morar distante, na época da graduação, seja pelo casamento, época em que morei em Belém por 4 (quatro) anos. Gratidão por poder olhar pra ela e dizer o quanto a amo. E que, por mais que eu tivesse mil vidas, jamais conseguiria retribuir tanto amor e zelo.  E isso me faz ser uma pessoa melhor.

Foram tantos momentos. Por vezes vovó foi mais mãe do que propriamente avó. Um sentimento que não tem explicação. Um amor que é divino. Um carinho, um afeto, um cheiro, um gesto que vale mais que mil presentes.

Hoje o dia é dela. Do meu exemplo de mulher. De uma mulher trabalhadora, guerreira, batalhadora, justa, ética, linda, por fora e por dentro. Uma mulher de garra! Alguém que Deus escolheu para ser minha avó.

Não há nada no mundo maior que eu meu amor pela senhora. Amor esse refletido em Maria Helena, que carrega a força de seu nome.

Que possamos amá-la como se fosse o último dia, sempre de forma intensa, plena, verdadeira.

Que Deus nos dê a graça de conviver por longos anos com a senhora. Que possamos rir muito de um monte de besteiras. Que eu possa sempre lamber esse pescoço salgado em um cheiro bem aperto. Que nós possamos sempre ver esse sorriso em seu rosto. Sua felicidade é nossa felicidade. Te amamos, feliz aniversário, princesa!

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Tudo nosso é mais legal!

Tudo nosso = tudo dos pais é mais legal, isso que quero dizer.
Desde quando Maria Helena nasceu, que eu tentei de todas as formas (juro!) que ela dormisse no quartinho dela, afinal, foi pensado com muito amor e carinho. Era meu sonho pode dizer às amigas que minha filha sempre dormiu no quarto dela, apenas sonho!

Assim que ela nasceu, eu e meu marido tentamos fazer com que ela dormisse no berço sozinha e no quarto dela. Tudo certo, por uma noite :)

Lembro que a deixei dormindo no berço no final da tarde e fui tomar banho. Foi a minha primeira experiência traumática. Ela sempre mamava e eu ficava por volta de uns 45min com ela no colo, até arrotar. Neste dia, não foi diferente. O ritual foi exatamente o mesmo.

Pois bem. Fui tomar banho rapidinho e, antes mesmo de ir para o meu quarto, passei no dela para espiar. Lá estava a menina tendo seu primeiro refluxo. Quase engasgada. Nossa! Aquela tarde foi inesquecível!

Fiquei com ela no colo por 1h mais ou menos e deixei passar. À noite, na hora de dormirmos, ela mamou e deixei deitadinha no berço, como manda o figurinho. Cabeça inclinadinha e de lado (nesse ponto não consegui seguir a orientação da pediatra, sempre achei que dormir de lado evitaria o sufocamento, ao contrário do que ocorre quando a criança está de peito pra cima), no meu ponto de vista.

Fui assistir na sala e voltei para bisbilhotar novamente. A menina estava roxa! Meu marido a tirou do berço imediatamente, colocou sob seu braço e começou a fazer massagem para desengasgar. Minha sogra entrou em desespero. Meu marido teve que sugar o nariz e boca dela para que ela voltasse a respirar. Foi tenso! E, foi o suficiente para ela não saber nunca mais o que era dormir no quarto dela.

Desde então ela passou a dormir conosco. A famosa "cama compartilhada". Por medo, precaução, decidimos colocar o berço dela no nosso quarto, após dois meses do fato. Tentávamos de todas as formas apagar aquele dia de nossa mente, em vão!

Depois disso, ela sempre dorme no nosso quarto. Fui muito criticada por conta disso. E, querem saber, não estou nem aí! Só eu sei o que significou aquela noite pra mim!

Mas, o post nem é sobre isso.

O fato é que minha cama é mais legal.
Meus pincéis de maquiagem são mais legais.
Meus batons são mágicos!
Minhas roupas são as mais lindas!
Meus sapatos?Nossa! Perfeitos!
E, agora, minha mesa de estudos.


 
 Final do ano passado tive que abdicar da advocacia, por uma série de motivos.
O primeiro deles: minhas filhas.
Passava muito tempo fora de casa e, nos últimos dois anos, fui totalmente ausente (já escrevi sobre isso aqui).
Decidi então me dedicar 100% à docência. Há quem diga que fui louca. Eu digo: foi a melhor opção que eu fiz na vida! Reduzi minha carga de trabalho; Passo mais tempo com minhas filhas; Fico mais em casa e, estou feliz!
Esse convívio trás muito aprendizado. Há dias em que eu piro mesmo. Muita coisa para estudar, aula para preparar, tempo corrido com as atividades delas, enfim, bem vinda ao mundo das mães!

Agora mesmo, quero estudar, mas, ela está ocupando minha mesa. O que faz com que eu ocupe meu tempo escrevendo, rs.

Bom, parece que ela voltou para a mesa dela.
Agora é hora de retornar aos estudos.

 Boa tarde.