sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

E se minhas filhas não quiserem ser Doutoras?

Decidi escrever sobre este tema que gera muita discussão em pequenas reuniões de mães e, após uma palestra que assisti na internet, descortinou meus olhos para muitas coisas.

Você já parou e percebeu que hoje, principalmente, os Pais impõem aos seus filhos quais as profissões possíveis que eles devem seguir? Normalmente os pais falam apenas em duas áreas, ou Direito ou Medicina.

Mas você já parou para pensar e, automaticamente se preparar para caso seu filho escolha outra profissão? As mães de antigamente, normalmente abdicavam de suas profissões para cuidar de seus filhos. Em decorrência disto, o sonho da profissão e de ser chamada de Dra., passava para seu filho e, muitas vezes isso gerava frustração.

Frustração? Lógico! A mãe ou o Pai que transfere seus sonhos para seus filhos, não pensam como eles e simplesmente impõe sua vontade. Explico: Os pais vão colocando na cabeça da criança, desde muito cedo, que elas tem que fazer um curso superior e tem que ser Médico, por exemplo.

A criança nasce com aquela ideia na cabeça e, muitas vezes não é a sua vontade que prevalece. Daí surge um conflito familiar. A primeira coisa que o filho escuta é: "Vais querer morrer de fome?!" ou "Tens que ser Médico" ou "Tens que ser Doutor". Quem nunca ouviu ou conhece alguém que fez Medicina não por que quis e sim por imposição dos Pais? Eu conheço vários! E, lamento.

Lamento porque são péssimos profissionais, são pessoas frustradas, que enxergam no curso de Medicina não a profissão, mas o que ela proporciona e digo mais, pura ilusão! O médico hoje é maquina e, se a máquina não funciona, não gera renda. Um médico que não tem concurso, vive uma instabilidade imensa! Hoje ele pode ganhar R$25.000,00 e amanhã poderá está sem emprego (mentira?!).

O curso de Direito também é bastante procurado pelo leque de opções que o Bacharel possui. Pode escolher qual carreira seguir. Temos hoje um Judiciário moroso porque os Juízes (a maioria deles) sabem que não sofrerão punição alguma (mesmo com o CNJ), se o processo demorar 2 anos para ser sentenciado, sabem igualmente que o salário estará todo mês em sua conta e assim por diante..

O fato é que, nós Pais, devemos nos preparar para ouvir e apoiar nossos filhos independentemente da profissão que eles irão escolher. Não devemos transferir nossos sonhos à eles, não devemos impedir que nossos filhos sejam pessoas felizes, mesmo não sendo Doutores!

Conheço uma menina que iniciou o Curso de Direito porque o Pai era um Advogado bem sucedido. No 3º período ela largou o curso e foi fazer Moda em São Paulo. Hoje ela está feliz, ganhando bem, realizada e desenvolvendo seu dom com maestria. Mas, para que ela pudesse ser ouvida pelos Pais teve que enfrentá-los.

Esta é a discussão: estamos preparados para termos filhos sem ser Doutores?!

Gostaria de escrever muito mais, mas paro por aqui.

sábado, 24 de outubro de 2015

Os 5 M's da minha vida!

De volta! Depois de algum tempo ausente (já explico o motivo), vou tentar atualizar o blog com mais frequência (assim espero)!

Bom, o título já diz muita coisa. Entre 2014-2015 minha vida deu um "up". E, de repente, em uma certa noite contando os carneirinhos no teto do meu quarto, parei para pensar sobre algumas coisas importantes em minha vida, e pasmem, todas começam com a letra M.

A ordem que irei elencar não significa necessariamente a ordem de importância, desde já esclareço!

Bom, a ideia surgiu logo após o ingresso no Mestrado (o primeiro M), logo depois, o ingresso no Magistério (o segundo M), após vieram os demais M's (Marido, Marias e Mamãe), coincidência, não
?!

Pois bem! Este ano eu resolvi colocar em prática um objetivo que há muito estava guardado, o Mestrado. Com muita determinação e esforço (e não sorte como alguns insistem em dizer), eu fui aprovada no Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu - Mestrado em Direito na UNESA/RJ. Escolhi a UNESA por dois motivos: o primeiro, a nota na CAPES, que é 5; o segundo, a linha de pesquisa, Novos Direitos e Direitos fundamentais.

Quando eu resolvi encarar e fazer a prova, muitos diziam: "Rio? Estás louca? É muito contramão" Eu sabia, sempre soube! Sempre soube que um dia as viagens se tornariam cansativas, sabia que eu me estressaria com as leituras, com o tempo que era necessário para se dedicar às leituras, com os artigos que eu tinha que produzir. Eu sempre soube disso! E não, não sou nenhuma louca! Foi então que eu comecei essa jornada de viagens e de muita leitura. 

Tá, aprovada. E agora ? E agora eu iniciei uma logística para que eu pudesse conciliar os outros 4 M's. Vou explicar.

Na minha primeira viagem, já senti o impacto da responsabilidade do curso. A primeira semana de aula foi "punk". Sobrevivi. Peguei o voo de volta e, ao chegar em casa, eu não lembrava quantas responsabilidades eu tinha! Gente, muita coisa! Eu lembro que eu passava noites em claro estudando. Minhas filhas, nossa!Queriam atenção e eu, entre uma leitura e outra, as acalentavam.

Bom, até que chegou o momento em que eu tive que terceirizar. Calma! No bom sentido, lógico! Chamei Mamãe (segundo M) e pedi que ela me ajudasse com as meninas, juntamente com a Mada (babá) e as enquadro no segundo M por formarem uma equipe! Para quem não sabe, mamãe é quem vai buscar e deixar as meninas na escola, no inglês, em qualquer lugar que tenha atividade e que eu não posso ir. Quase uma motorista particular. O que pra mim é excelente. E pra ela também.

Foi então que Mamãe entrou na logística e têm sido fundamental! Com isso, minhas Marias (terceiro M) se sentiram mais confortáveis. Maria Helena que já tem 4 anos, entende mais minha situação, chegando às vezes até ficar sentada ao meu lado quando eu estou estudando, dando o apoio que eu preciso e compreendendo meu tempo de estudo. Acho incrível a maturidade dela! Já Maria Eduarda, por ter apenas 1 ano e 9 meses, requer mais atenção. Muitas vezes tenho que parar minhas leituras para poder dar atenção à ela.

Toda essa situação, fez com que eu tivesse um programa semanal de atividades a serem realizadas. Gente, nunca imaginei que um dia eu fosse fazer isso, rs. Minha semana é toda programada, tenho horário para tudo! Exceto para as eventualidades, lógico! Por exemplo, essa semana que Maria Eduarda adoeceu, foi quase 100% do meu tempo dedicado à ela, e não poderia ser diferente. 

Na semana que eu não consigo fechar a programação, a semana seguinte fica bem mais "cheia". Enfim, consegui fazer minha programação de uma forma que fico bastante em casa, junto à elas (no final digo como é).

Pois bem, diante disso tudo, vem o quarto M, que é o Marido! Sério! Dizem que não podemos elogiar muito, mas eu não posso deixar de mencionar a importância que meu marido, neste ano em especial, tem em minha vida. Além de ser um paizão, é quem está sempre à postos para me socorrer, é quem me dá ideias, é quem discute comigo as teses mais variadas, é quem me encoraja diariamente. Às vezes, eu até me acho injusta com ele, falta a paciência rápido, sempre tenho algo à fazer, durmo de madrugada, quando ele já dorme e, muitas vezes, dorme à minha espera. Tive que contornar esse problema e a execução da tabela programada de atividades, está me ajudando bastante nisso!

O quinto M, vem ser o Magistério. Deus é tão perfeito que põe as coisas exatamente com devem ser executadas. Ingressei no Magistério no segundo semestre de 2014, na Universidade Estadual do Tocantins - Unitins, no curso de Direito e, desde então me encantei! Hoje, não estou mais na Instituição. Sou Professora na Unisulma - Ma, no curso de Direito.

Para resumir os meus 5 M's, minha vida está assim: Três vezes na semana eu estou em sala de aula, sendo que, um dia na semana é pela manhã e os demais à noite; Dois dias na semana estou fora, dando assistência ao meu escritório de advocacia. E toda quarta, quinta e sexta pela manhã estou à disposição das minhas filhas, sendo que à tarde elas estudam, e sábado e domingo também são delas. E as leituras, ficam geralmente no período da tarde e algumas na madrugada, por exemplo, adoro ler na madrugada de sexta para sábado e de sábado para domingo, assim posso acordar um pouco mais tarde.

Assim eu vou seguindo com essa programação maluca que está dando certo!

Foto tirada por Maria Helena, na chácara da minha avó, na festinha de aniversário das bonecas.
Foi bem legal!
As convidadas.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Criando filhos para o "mundo", porquê a polêmica?

Quem nunca ouviu alguém dizer que os filhos devem ser criados para o mundo? Porquê algumas mães acham isso um verdadeiro absurdo? É tão grave esta afirmação? As pessoas estão tão sentimentais que não conseguem enxergar leveza e experiência nesta expressão? O que está acontecendo com essas mães que repugnam tal expressão?

Bom, primeiro aviso que eu já ouvi e muito essa expressão. E, sinceramente, não vejo nada alarmante! Li algumas coisas na internet sobre a criação dos filhos para o mundo, e, um post me chamou bastante atenção. Nele, uma mãe afirma: " Quem cria para o mundo corre o risco de ficar como aquelas pessoas que se acham independentes e que chegam à velhice solitárias, reclamando que os filhos não ligam, que não mandam notícias, que não têm paciência, que isso e que aquilo."

Será que devemos enxergar mesmo por este lado? Não estamos sendo radicais demais? Tem outra passagem que também me chamou atenção, vejam: " Como assim, criar para o mundo? Devemos criar nossos filhos para Deus, para que sejam cidadãos do mundo. Essa é uma das missões dos pais. De cada pai e de cada mãe. A mais importante de todas elas. É para a casa Dele que eles voltarão, se souberem amar, respeitar e se tiverem misericórdia. Cabe a nós ensina-los. Foi para isso que nos foram confiados".

Será que uma coisa impede a outra? Será que não somos capazes de criar nossos filhos para o mundo e ensiná-lo sobre a importância da família? A importância de Deus? E aqui eu não me refiro a nenhuma religião. Será que somos incapazes de deixar que nossos filhos se tornem independentes e mesmo assim, temam à Deus? Sejam honestos, humildes?

Será que concordamos com essa fala: "Quem cria para o mundo se exime de várias responsabilidades. Transfere a responsabilidade para o mundo. E o mundo não cria ninguém. (?)"

Passo a elencar os inúmeros motivos pelos quais discordo de tudo que essa mãe escreveu:

1. Independência não é sinônimo de egoísmo;
2. Filhos mimados, tendem a serem egoístas;
3. Deus, está acima de qualquer coisa e, independente de religião, devemos respeitá-lo;
4. Devemos orientar nossos filhos sempre pelo caminho da honestidade, da humildade e isso o prepara para encarar o mundo;
5. O mundo está doente porque as pessoas não estão preparadas para lidar com ele, não se tem valoração da base familiar;
6. O mundo é injusto e frustrante e devemos preparar nossos filhos pra encarar essa frustração e mesmo assim, seguir em frente. E como fazemos isso? Educando, dizendo não!

Concluo afirmando que nosso papel, como mãe, é orientar nosso filho, para que ele escolha o caminho correto e o caminho de Deus e, encare o mundo de uma forma mais leve, sem preconceito, sem violência, sem aceitar as barbáries. Devemos desempenhar nosso papel dentro de nossa casa com amor e afeto, sempre mostrando a importância da família e de seus ensinamentos. Só assim teremos um futuro melhor, um mundo melhor!