Boa noite! Hoje, vou escrever sobre nossa peregrinação com Maria Helena em suas crises constantes de amigdalite. Início de 2013, Maria Helena começou a estudar. O primeiro semestre foi maravilhoso. Já escrevi aqui em outra oportunidade sobre o início da vida escolar dela e como tinha sido bom.
O fato é que, passado o primeiro semestre, ela começou a ter crises de amigdalite. Vou escrever um pouco sobre essa doença (lembrando que, para maiores esclarecimentos procure um pediatra).
Pois bem, o que é amigdalite? É a inflamação (inchaço) das amídalas. Estas, são linfonodos na parte de trás da boca e na parte superior na garganta. Elas geralmente ajudam a filtrar bactérias e outros germes para impedir as infecções no corpo.
As amígdalas podem ficar tão carregadas de infecções bacterianas ou
virais que se incham e ficam inflamadas, causando a amigdalite. A
infecção pode também estar presente na garganta e áreas próximas,
causando inflamação na faringe.
A amigdalite é muito comum, principalmente em crianças.
Geralmente vem acompanhada de febre altíssima, sempre 39º - 40ºC.
Na primeira crise de Maria Helena, entramos em desespero ao vê-la tremendo de tanta febre. Corremos para o PS (Unimed Batista Campos / Belém-Pa), lá, a pediatra nos mostrou as amígdalas inflamadas e, a partir daí, ela começou a usar antibiótico para tratar (já que era bacteriana).
48 horas de febre e sempre intercalávamos antitérmico, sendo que usávamos ibuprofeno e paracetamol, já que ela é alérgica a dipirona. Virávamos a noite com ela, sempre intercalando (eu e o pai) enquanto acompanhávamos a reação do medicamento. Sofríamos juntos. Sempre com o coração na mão!
Depois da primeira, vieram trinta crises e, consequentemente, trinta vezes usando antibiótico, chegando a usar o de terceira geração.
Nesse intervalo, entre Agosto de 2013 até Junho de 2014, foram sempre, duas crises por mês, usando dois tipos de antibiótico/mês. Chegamos ao desespero quando comecei a pesquisar a quantidade de crises que seriam necessárias para que a cirurgia fosse indicada. Bastava apenas 8 crises/ano!
Até que a otorrino que cuida dela desde pequena, indicou a cirurgia mas disse que não estava mais operando (para nosso desespero). Começou então nossa jornada! A Otorrino havia indicado outra profissional que operava. Marcamos consulta com ela, e na consulta, ela nos disse que queria ver primeiro como ela reagiria a outra dose de medicamento (era a terceira vez que ela tomava bronco-voxon e leucogen), antes de operá-la. Nós, como pais e sempre esperançosos, achávamos que as crises cessariam (que nada!).
15 dias após a consulta, ela entrou em crise novamente. Procuramos outra profissional e assim ficamos com três otorrinos ao mesmo tempo. O problema? Todos queriam testar e fazer o acompanhamento antes de operá-la.
Até que conseguimos a indicação de outro otorrino (o 4º) e na consulta eu fui bem objetiva. Relatei tudo, falei dos 30 antibióticos, falei que já tínhamos tentado tudo, até reza e nada resolvia. Então, ele olhou pra mim e disse: "Operar é fácil! Se você já tentou tudo isso e não deu certo, o melhor é operar". Passou os exames pré-operatórios e começamos a peregrinação para fazer esses exames. Nesse intervalo, ela teve mais uma crise! E dessa vez, foi bem mais agressiva.
Começamos fazendo o eletro pra saber como estava o coração dela e tudo está ok. Fizemos todos os exames laboratoriais e também está tudo ok. Retornamos ao médico e a cirurgia será terça-feira, dia 22.
Nem preciso dizer que estamos nervosos, uma pilha, mas tento não passar pra ela e estou dizendo que na terça iremos ao médico, pra ele ver a garganta dela e que ele vai fazer ela ficar boazinha, pra ela ir mais calma possível.
Se eu pudesse evitar essa cirurgia é claro que eu evitaria, mas quando paro e vejo a quantidade de antibióticos que ela já tomou, o peso dela que não aumenta, quando vejo todos os amigos dela fazendo natação e ela não, quando percebo quantos dias de aula ela faltou por que estava crise, quantas festinhas ela deixou ir, quanto da infância ela foi privada, eu passo a não ter dúvida alguma sobre a cirurgia.
Se Deus quiser correrá tudo bem, e ela terá uma infância digna de criança, entrando na natação, engordando, tomando banho de chuva, curtindo com todos nós!
Depois posto como foi o pós-operatório dela e rezem por nós!!