domingo, 20 de julho de 2014

Porque cirurgia nas amígdalas?

Boa noite! Hoje, vou escrever sobre nossa peregrinação com Maria Helena em suas crises constantes de amigdalite. Início de 2013, Maria Helena começou a estudar. O primeiro semestre foi maravilhoso. Já escrevi aqui em outra oportunidade sobre o início da vida escolar dela e como tinha sido bom.


O fato é que, passado o primeiro semestre, ela começou a ter crises de amigdalite. Vou escrever um pouco sobre essa doença (lembrando que, para maiores esclarecimentos procure um pediatra).

Pois bem, o que é amigdalite? É a inflamação (inchaço) das amídalas. Estas, são linfonodos na parte de trás da boca e na parte superior na garganta. Elas geralmente ajudam a filtrar bactérias e outros germes para impedir as infecções no corpo.


As amígdalas podem ficar tão carregadas de infecções bacterianas ou virais que se incham e ficam inflamadas, causando a amigdalite. A infecção pode também estar presente na garganta e áreas próximas, causando inflamação na faringe.
A amigdalite é muito comum, principalmente em crianças. 

Geralmente vem acompanhada de febre altíssima, sempre 39º - 40ºC. 

Na primeira crise de Maria Helena, entramos em desespero ao vê-la tremendo de tanta febre. Corremos para o PS (Unimed Batista Campos / Belém-Pa), lá, a pediatra nos mostrou as amígdalas inflamadas e, a partir daí, ela começou a usar antibiótico para tratar (já que era bacteriana).

48 horas de febre e sempre intercalávamos antitérmico, sendo que usávamos ibuprofeno e paracetamol, já que ela é alérgica a dipirona. Virávamos a noite com ela, sempre intercalando (eu e o pai) enquanto acompanhávamos a reação do medicamento. Sofríamos juntos. Sempre com o coração na mão!

Depois da primeira, vieram trinta crises e, consequentemente, trinta vezes usando antibiótico, chegando a usar o de terceira geração.

Nesse intervalo, entre Agosto de 2013 até Junho de 2014, foram sempre, duas crises por mês, usando dois tipos de antibiótico/mês. Chegamos ao desespero quando comecei a pesquisar a quantidade de crises que seriam necessárias para que a cirurgia fosse indicada. Bastava apenas 8 crises/ano!

Até que a otorrino que cuida dela desde pequena, indicou a cirurgia mas disse que não estava mais operando (para nosso desespero). Começou então nossa jornada! A Otorrino havia indicado outra profissional que operava. Marcamos consulta com ela, e na consulta, ela nos disse que queria ver primeiro como ela reagiria a outra dose de medicamento (era a terceira vez que ela tomava bronco-voxon e leucogen), antes de operá-la. Nós, como pais e sempre esperançosos, achávamos que as crises cessariam (que nada!).

15 dias após a consulta, ela entrou em crise novamente. Procuramos outra profissional e assim ficamos com três otorrinos ao mesmo tempo. O problema? Todos queriam testar e fazer o acompanhamento antes de operá-la.

Até que conseguimos a indicação de outro otorrino (o 4º) e na consulta eu fui bem objetiva. Relatei tudo, falei dos 30 antibióticos, falei que já tínhamos tentado tudo, até reza e nada resolvia. Então, ele olhou pra mim e disse: "Operar é fácil! Se você já tentou tudo isso e não deu certo, o melhor é operar". Passou os exames pré-operatórios e começamos a peregrinação para fazer esses exames. Nesse intervalo, ela teve mais uma crise! E dessa vez, foi bem mais agressiva.


Começamos fazendo o eletro pra saber como estava o coração dela e tudo está ok. Fizemos todos os exames laboratoriais e também está tudo ok. Retornamos ao médico e a cirurgia será terça-feira, dia 22.

Nem preciso dizer que estamos nervosos, uma pilha, mas tento não passar pra ela e estou dizendo que na terça iremos ao médico, pra ele ver a garganta dela e que ele vai fazer ela ficar boazinha, pra ela ir mais calma possível.

Se eu pudesse evitar essa cirurgia é claro que eu evitaria, mas quando paro e vejo a quantidade de antibióticos que ela já tomou, o peso dela que não aumenta, quando vejo todos os amigos dela fazendo natação e ela não, quando percebo quantos dias de aula ela faltou por que estava crise, quantas festinhas ela deixou ir, quanto da infância ela foi privada, eu passo a não ter dúvida alguma sobre a cirurgia.

Se Deus quiser correrá tudo bem, e ela terá uma infância digna de criança, entrando na natação, engordando, tomando banho de chuva, curtindo com todos nós! 

Depois posto como foi o pós-operatório dela e rezem por nós!!

sábado, 19 de julho de 2014

Após 6 meses...

Hoje irei relatar como foi e como está sendo esses 6 meses que Maria Eduarda está conosco. Longe de mim em querer parecer ser a perfeição, mas, devo confessar que muita coisa que eu planejei ainda grávida, realmente funciona. 

Descobri na verdade que o grande segredo é planejamento, muito embora Maria Eduarda não tenha sido nem de longe planejada. Mas, quando descobri que estava grávida, junto ao desespero (por conta do trabalho, principalmente), veio o planejamento. 

Comecei a planejar as táticas que eu usaria para que Maria Helena (minha filha mais velha) não sentisse ciúmes; quais atitudes eu teria que ter para não deixá-la em segundo plano quando Maria Eduarda viesse ao mundo; quais cuidados seriam necessários após duas crianças em casa e com diferença de idade. A partir daí, comecei a traçar meus objetivos e a planejar. 

Gostaria muito de ter escrito esse post bem antes, mas preferi escrever agora, já que, após 6 meses, nossa vida está mais nos eixos. O fato é que Maria Helena nunca se sentiu rejeitada, explico.  O maior medo da mãe ao engravidar do segundo filho, é que o primeiro seja rejeitado (sem nem ao menos perceber), que regrida, que dê bastante trabalho, enfim, temos medo de fazer nosso filho mais velho sofrer sem percebermos. 

A primeira coisa que sempre fiz questão de fazer: ela tinha que participar. Sim! Participar! Mas como? Participava quando eu ia às compras, me ajudava a escolher uma meia, uma roupa, um brinquedo, qualquer coisa que fosse para Maria Eduarda. Confesso que ela me ajudou bastante nisso! Nem parecia que tinha apenas dois anos. 

Segundo, ao chegar em casa com as compras, ela também participava. Me ajudava a guardar e já entendia que Maria Eduarda tinha um lugar só dela no guarda-roupas. Por várias vezes ela me questionava sobre as roupinhas da Maria Eduarda ( o que combinava e o que não combinava).

Terceiro, ao usar meus cremes, sempre passava na mão dela e pedia pra ela passar na minha barriga que ela também estaria não só ajudando a mamãe, como estaria fazendo carinho na maninha dela, e ela fazia com o maior sorriso no rosto!

Então, o segredo é incluir o filho mais velho na atividade e em tudo relacionado ao filho que está chegando. Lembro bem que ela escolheu a roupinha que Maria Eduarda iria usar, pegou a meia, luvas e toca e guardou na mala da maternidade feliz da vida porque ia ganhar uma maninha. 

Já na maternidade, ela levou um susto porque me viu deitada, sem poder falar direito e cheia de fios (soro), mas logo depois se acalmou e já curtiu. 

Ao chegar em casa, dei continuidade ao meu planejamento. Planejei também meu lado profissional (mudei o local do meu escritório para um prédio comercial na frente do meu apartamento, fiz a mudança com 9 meses, após duas semanas da mudança, Maria Eduarda nasceu). Voltando, pois bem. Ao chegar em casa, toda vez que dava banho na Maria Eduarda, chamava Maria Helena para me ajudar, ela pegava o sabonete, a toalha e já sentava na cama a nossa espera. 

Ela amava ver eu limpando o nariz da Maria Eduarda e o umbigo (chegava a ficar nervosa), cansou de perguntar porque aquilo estava grudado na barriga da maninha dela, ao se referir ao umbigo e eu sempre respondia que era normal, que iria cair com o passar dos dias. Ela fazia cara de quem não estava entendendo nada, mas se dava por satisfeita. 

Então, o trabalho de formiguinha começou com Maria Eduarda ainda na barriga e foi posto em prática de imediato. 

Falando de Maria Eduarda e aqui sei que serei crucificada, mas, cada um sabe o tamanho do passo que pode dar, então, dei o meu na medida da minha possibilidade. Maria Eduarda já nasceu gordinha (3.510kg), muito tranquila por sinal, também. 

Após 15 dias de nascida, como ela dormia a manhã inteira, resolvi voltar ao trabalho (por um turno) e, quando ela acordava, a babá me ligava e eu atravessava a rua e já estava com ela em meus braços, amamentando. 

Após essa mamada, ela dormia novamente e eu já ficava em casa, afinal, não podia extrapolar!! Aos 17 dias, Maria Helena teve uma crise de amigdalite e eu tive que dirigir, tive que levá-la ao PS. Dirigi por 4 quadras, tranquila! Aqui foi a besteira! Como alguns dizem, o mais difícil é dar o primeiro passo..pois é! Depois disso, voltei a dirigir (em casos extremos mesmo), como por exemplo, levar Maria Eduarda para tomar as vacinas. 

Com 30 dias, eu comecei a doar leite porque Maria Eduarda mamava, dormia a manhã inteira e eu tinha muito leite e ela não dava conta. Com 45 dias, passado o resguardo, eu voltei ao trabalho integral, deixando leite em casa e chegando mais cedo do trabalho. Como ela nasceu em Janeiro, Maria Helena estava de férias e já não dava para deixar as duas muito tempo aos cuidados da babá, muito trabalho. 

Com dois meses, Maria Eduarda simplesmente não queria mais mamar, virava a cara quando eu encostava meu peito na boca dela e aí começou meu desespero (mesmo ela engordando 1,5kg por mês!). Não sei o motivo (uma incógnita até hoje), mas ela simplesmente deixou de mamar com 2 meses. 

Então, começamos com o NAN, ela tomou por duas semanas e abusou, entramos com APTAMIL, ela tomou mais duas semanas e abusou (e ela com 3 meses), depois entramos com MILUPA , mais duas semanas e ela abusou, depois fui pro NESTOGENO, mais duas semanas e abusou (4 meses ela já tinha), depois entrei no SOY (de soja), ela adorou mas fazia cocô podre e suspendi! Dei o Ninho 1+, ela gostou mas também abusou, nisso ela já estava com 5 meses, até que no auge do meu desespero, dei piracanjuba semi desnatado líquido ( o que usamos aqui em casa) e é o que ela toma até hoje! Louca eu? Não! Desesperada mesmo! E pensam que ela toma só leite! Não! Ela toma leite misturado com mucilon. 

Graças a Deus ela não desenvolveu nenhuma alergia a esses leites. Não pude ouvir o "conselho" da Pediatra que aproveitou e me recriminou, optei por escutar apenas da gastro ao dizer que, já que ela estava nessa situação mesmo, que eu oferecesse água constantemente. Creio que não sou uma mãe irresponsável por ter dado e continuar dando leite líquido pra Maria Eduarda (levando em consideração que ela come frutas desde o 4º mês e já toma também sopinha com muita facilidade). Mas, quando estamos desesperadas vendo o filho com fome e rejeitando o leite, você parte para outras opções (seja ela indicada ou não por um profissional). 

E hoje, ela está super bem. Nasceu dois dentes, um após o outro, com 4 meses. Está se desenvolvendo normalmente, é louca pela irmã, já brincam juntas, Maria Eduarda já sorri das palhaçadas da Maria Helena e hoje, só tenho mais certeza ainda de que ela veio na hora certa. Se é pra ter dois, que a distância de idade não ultrapasse três anos, creio que o ciúmes fica mais difícil controlar. 

Abaixo, algumas fotos das duas se divertindo. Depois vou escrever sobre a diferença de tratamento do segundo filho e dos cuidados que sempre temos que ter!!

 As torcedoras oficiais!!
 Intervalo de almoço!
 Brincando juntas!
 Sempre!!!
 A cara da pessoa diz tudo (enquanto a outra come maçã)
 Se passam o dia todo juntas, porque à noite seria diferente?

Pois é! Pelas fotos percebo que estou fazendo um ótimo trabalho com as duas. Participo, brinco, trabalho fora e sou feliz assim!

Espero que tenham gostado!

Até a próxima.