quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A "temida" hora do banho.



Estamos de volta! Depois de alguns meses ausente, retornei. Agora tenho um pouco mais de tempo, já que estamos quase em recesso forense, rs.

Hoje vou escrever sobre uma fase bem delicada: o dilema do banho. Sim! Estou vivendo esta fase com Maria Helena (que, para mim, já havia passado!).

Pois bem. Maria Helena chora ao ouvir a palavra 'banho'. Gente, vocês não entendem quando eu escrevo "chora", leia-se: berra! A menina parece que surta, assim, do nada.

Tentei conversar, tentei colocar a bacia pra vê se ela consegue tomar banho tranquila, tentei o chuveiro no quintal, tentei tudo! E sabe o que deu certo? Compartilhar esse momento com Maria Eduarda! Gente, se eu soubesse que seria tão fácil conseguir dar banho nela junto com Maria Eduarda, juro, já teria feito isso bem antes!

Como ela entrou nessa fase há alguns meses, a tia dela que viajou para os EUA, trouxe algo bem interessante. É um pote cheio de pastilhas coloridas que colocamos na água e ela fica rosa, azul, verde, etc.,podendo até formar cores. Algo bem bacana e que funcionou por um longo tempo.

Minha saída era assim: "Vamos Maria Helena tomar banho na água rosa?". A menina ficava com os olhos brilhando. Só que depois essa tática já não funcionou!  :(

Pois bem. O esquema funcionava basicamente assim: eu dava banho na Maria Eduarda ou a babá, primeiro, porque é bem mais tranquilo e depois dávamos banho na Maria Helena, que já sabíamos a novela que seria. Só que, na agonia da Maria Eduarda que adora uma bacia com água, resolvemos dar banho nas duas ao mesmo tempo e plim! Funcionou!

Quando Maria Helena não queria lavar o cabelo, dizíamos: "Maria Helena, Maria Eduarda lava o cabelo sem chorar, o cabelo dela vai ficar cheiroso e lindo e o seu pra ficar assim também, tem que ser lavado. Vamos lavar?". A menina ria e dizia sim com a cabeça. Pronto! Tudo fluía naturalmente.

Lembram quando eu falei de inclusão quando fiquei grávida de Maria Eduarda? Pois é! A tática até hoje funciona! Prova disso é o banho. E para quem não tem um irmão, a alternativa é achar algum brinquedo que distraia a criança até ela relaxar e curtir o banho.

Lembrando que cada mãe conhece os limites do seu filho. Se ele não gosta de chuveiro, não dê banho de chuveiro ainda, se ele gosta de tomar banho sentado na bacia, faça assim até ele passar essa fase. Sempre respeitando o que é melhor para seu filho.

A FORMA CORRETA DE TOMAR BANHO.

A PASTILHA COLORIDA QUE NÃO ACHEI NO BRASIL AINDA PARA VENDA.

MARIA EDUARDA CURTINDO A ÁGUA ROSA.

domingo, 20 de julho de 2014

Porque cirurgia nas amígdalas?

Boa noite! Hoje, vou escrever sobre nossa peregrinação com Maria Helena em suas crises constantes de amigdalite. Início de 2013, Maria Helena começou a estudar. O primeiro semestre foi maravilhoso. Já escrevi aqui em outra oportunidade sobre o início da vida escolar dela e como tinha sido bom.


O fato é que, passado o primeiro semestre, ela começou a ter crises de amigdalite. Vou escrever um pouco sobre essa doença (lembrando que, para maiores esclarecimentos procure um pediatra).

Pois bem, o que é amigdalite? É a inflamação (inchaço) das amídalas. Estas, são linfonodos na parte de trás da boca e na parte superior na garganta. Elas geralmente ajudam a filtrar bactérias e outros germes para impedir as infecções no corpo.


As amígdalas podem ficar tão carregadas de infecções bacterianas ou virais que se incham e ficam inflamadas, causando a amigdalite. A infecção pode também estar presente na garganta e áreas próximas, causando inflamação na faringe.
A amigdalite é muito comum, principalmente em crianças. 

Geralmente vem acompanhada de febre altíssima, sempre 39º - 40ºC. 

Na primeira crise de Maria Helena, entramos em desespero ao vê-la tremendo de tanta febre. Corremos para o PS (Unimed Batista Campos / Belém-Pa), lá, a pediatra nos mostrou as amígdalas inflamadas e, a partir daí, ela começou a usar antibiótico para tratar (já que era bacteriana).

48 horas de febre e sempre intercalávamos antitérmico, sendo que usávamos ibuprofeno e paracetamol, já que ela é alérgica a dipirona. Virávamos a noite com ela, sempre intercalando (eu e o pai) enquanto acompanhávamos a reação do medicamento. Sofríamos juntos. Sempre com o coração na mão!

Depois da primeira, vieram trinta crises e, consequentemente, trinta vezes usando antibiótico, chegando a usar o de terceira geração.

Nesse intervalo, entre Agosto de 2013 até Junho de 2014, foram sempre, duas crises por mês, usando dois tipos de antibiótico/mês. Chegamos ao desespero quando comecei a pesquisar a quantidade de crises que seriam necessárias para que a cirurgia fosse indicada. Bastava apenas 8 crises/ano!

Até que a otorrino que cuida dela desde pequena, indicou a cirurgia mas disse que não estava mais operando (para nosso desespero). Começou então nossa jornada! A Otorrino havia indicado outra profissional que operava. Marcamos consulta com ela, e na consulta, ela nos disse que queria ver primeiro como ela reagiria a outra dose de medicamento (era a terceira vez que ela tomava bronco-voxon e leucogen), antes de operá-la. Nós, como pais e sempre esperançosos, achávamos que as crises cessariam (que nada!).

15 dias após a consulta, ela entrou em crise novamente. Procuramos outra profissional e assim ficamos com três otorrinos ao mesmo tempo. O problema? Todos queriam testar e fazer o acompanhamento antes de operá-la.

Até que conseguimos a indicação de outro otorrino (o 4º) e na consulta eu fui bem objetiva. Relatei tudo, falei dos 30 antibióticos, falei que já tínhamos tentado tudo, até reza e nada resolvia. Então, ele olhou pra mim e disse: "Operar é fácil! Se você já tentou tudo isso e não deu certo, o melhor é operar". Passou os exames pré-operatórios e começamos a peregrinação para fazer esses exames. Nesse intervalo, ela teve mais uma crise! E dessa vez, foi bem mais agressiva.


Começamos fazendo o eletro pra saber como estava o coração dela e tudo está ok. Fizemos todos os exames laboratoriais e também está tudo ok. Retornamos ao médico e a cirurgia será terça-feira, dia 22.

Nem preciso dizer que estamos nervosos, uma pilha, mas tento não passar pra ela e estou dizendo que na terça iremos ao médico, pra ele ver a garganta dela e que ele vai fazer ela ficar boazinha, pra ela ir mais calma possível.

Se eu pudesse evitar essa cirurgia é claro que eu evitaria, mas quando paro e vejo a quantidade de antibióticos que ela já tomou, o peso dela que não aumenta, quando vejo todos os amigos dela fazendo natação e ela não, quando percebo quantos dias de aula ela faltou por que estava crise, quantas festinhas ela deixou ir, quanto da infância ela foi privada, eu passo a não ter dúvida alguma sobre a cirurgia.

Se Deus quiser correrá tudo bem, e ela terá uma infância digna de criança, entrando na natação, engordando, tomando banho de chuva, curtindo com todos nós! 

Depois posto como foi o pós-operatório dela e rezem por nós!!

sábado, 19 de julho de 2014

Após 6 meses...

Hoje irei relatar como foi e como está sendo esses 6 meses que Maria Eduarda está conosco. Longe de mim em querer parecer ser a perfeição, mas, devo confessar que muita coisa que eu planejei ainda grávida, realmente funciona. 

Descobri na verdade que o grande segredo é planejamento, muito embora Maria Eduarda não tenha sido nem de longe planejada. Mas, quando descobri que estava grávida, junto ao desespero (por conta do trabalho, principalmente), veio o planejamento. 

Comecei a planejar as táticas que eu usaria para que Maria Helena (minha filha mais velha) não sentisse ciúmes; quais atitudes eu teria que ter para não deixá-la em segundo plano quando Maria Eduarda viesse ao mundo; quais cuidados seriam necessários após duas crianças em casa e com diferença de idade. A partir daí, comecei a traçar meus objetivos e a planejar. 

Gostaria muito de ter escrito esse post bem antes, mas preferi escrever agora, já que, após 6 meses, nossa vida está mais nos eixos. O fato é que Maria Helena nunca se sentiu rejeitada, explico.  O maior medo da mãe ao engravidar do segundo filho, é que o primeiro seja rejeitado (sem nem ao menos perceber), que regrida, que dê bastante trabalho, enfim, temos medo de fazer nosso filho mais velho sofrer sem percebermos. 

A primeira coisa que sempre fiz questão de fazer: ela tinha que participar. Sim! Participar! Mas como? Participava quando eu ia às compras, me ajudava a escolher uma meia, uma roupa, um brinquedo, qualquer coisa que fosse para Maria Eduarda. Confesso que ela me ajudou bastante nisso! Nem parecia que tinha apenas dois anos. 

Segundo, ao chegar em casa com as compras, ela também participava. Me ajudava a guardar e já entendia que Maria Eduarda tinha um lugar só dela no guarda-roupas. Por várias vezes ela me questionava sobre as roupinhas da Maria Eduarda ( o que combinava e o que não combinava).

Terceiro, ao usar meus cremes, sempre passava na mão dela e pedia pra ela passar na minha barriga que ela também estaria não só ajudando a mamãe, como estaria fazendo carinho na maninha dela, e ela fazia com o maior sorriso no rosto!

Então, o segredo é incluir o filho mais velho na atividade e em tudo relacionado ao filho que está chegando. Lembro bem que ela escolheu a roupinha que Maria Eduarda iria usar, pegou a meia, luvas e toca e guardou na mala da maternidade feliz da vida porque ia ganhar uma maninha. 

Já na maternidade, ela levou um susto porque me viu deitada, sem poder falar direito e cheia de fios (soro), mas logo depois se acalmou e já curtiu. 

Ao chegar em casa, dei continuidade ao meu planejamento. Planejei também meu lado profissional (mudei o local do meu escritório para um prédio comercial na frente do meu apartamento, fiz a mudança com 9 meses, após duas semanas da mudança, Maria Eduarda nasceu). Voltando, pois bem. Ao chegar em casa, toda vez que dava banho na Maria Eduarda, chamava Maria Helena para me ajudar, ela pegava o sabonete, a toalha e já sentava na cama a nossa espera. 

Ela amava ver eu limpando o nariz da Maria Eduarda e o umbigo (chegava a ficar nervosa), cansou de perguntar porque aquilo estava grudado na barriga da maninha dela, ao se referir ao umbigo e eu sempre respondia que era normal, que iria cair com o passar dos dias. Ela fazia cara de quem não estava entendendo nada, mas se dava por satisfeita. 

Então, o trabalho de formiguinha começou com Maria Eduarda ainda na barriga e foi posto em prática de imediato. 

Falando de Maria Eduarda e aqui sei que serei crucificada, mas, cada um sabe o tamanho do passo que pode dar, então, dei o meu na medida da minha possibilidade. Maria Eduarda já nasceu gordinha (3.510kg), muito tranquila por sinal, também. 

Após 15 dias de nascida, como ela dormia a manhã inteira, resolvi voltar ao trabalho (por um turno) e, quando ela acordava, a babá me ligava e eu atravessava a rua e já estava com ela em meus braços, amamentando. 

Após essa mamada, ela dormia novamente e eu já ficava em casa, afinal, não podia extrapolar!! Aos 17 dias, Maria Helena teve uma crise de amigdalite e eu tive que dirigir, tive que levá-la ao PS. Dirigi por 4 quadras, tranquila! Aqui foi a besteira! Como alguns dizem, o mais difícil é dar o primeiro passo..pois é! Depois disso, voltei a dirigir (em casos extremos mesmo), como por exemplo, levar Maria Eduarda para tomar as vacinas. 

Com 30 dias, eu comecei a doar leite porque Maria Eduarda mamava, dormia a manhã inteira e eu tinha muito leite e ela não dava conta. Com 45 dias, passado o resguardo, eu voltei ao trabalho integral, deixando leite em casa e chegando mais cedo do trabalho. Como ela nasceu em Janeiro, Maria Helena estava de férias e já não dava para deixar as duas muito tempo aos cuidados da babá, muito trabalho. 

Com dois meses, Maria Eduarda simplesmente não queria mais mamar, virava a cara quando eu encostava meu peito na boca dela e aí começou meu desespero (mesmo ela engordando 1,5kg por mês!). Não sei o motivo (uma incógnita até hoje), mas ela simplesmente deixou de mamar com 2 meses. 

Então, começamos com o NAN, ela tomou por duas semanas e abusou, entramos com APTAMIL, ela tomou mais duas semanas e abusou (e ela com 3 meses), depois entramos com MILUPA , mais duas semanas e ela abusou, depois fui pro NESTOGENO, mais duas semanas e abusou (4 meses ela já tinha), depois entrei no SOY (de soja), ela adorou mas fazia cocô podre e suspendi! Dei o Ninho 1+, ela gostou mas também abusou, nisso ela já estava com 5 meses, até que no auge do meu desespero, dei piracanjuba semi desnatado líquido ( o que usamos aqui em casa) e é o que ela toma até hoje! Louca eu? Não! Desesperada mesmo! E pensam que ela toma só leite! Não! Ela toma leite misturado com mucilon. 

Graças a Deus ela não desenvolveu nenhuma alergia a esses leites. Não pude ouvir o "conselho" da Pediatra que aproveitou e me recriminou, optei por escutar apenas da gastro ao dizer que, já que ela estava nessa situação mesmo, que eu oferecesse água constantemente. Creio que não sou uma mãe irresponsável por ter dado e continuar dando leite líquido pra Maria Eduarda (levando em consideração que ela come frutas desde o 4º mês e já toma também sopinha com muita facilidade). Mas, quando estamos desesperadas vendo o filho com fome e rejeitando o leite, você parte para outras opções (seja ela indicada ou não por um profissional). 

E hoje, ela está super bem. Nasceu dois dentes, um após o outro, com 4 meses. Está se desenvolvendo normalmente, é louca pela irmã, já brincam juntas, Maria Eduarda já sorri das palhaçadas da Maria Helena e hoje, só tenho mais certeza ainda de que ela veio na hora certa. Se é pra ter dois, que a distância de idade não ultrapasse três anos, creio que o ciúmes fica mais difícil controlar. 

Abaixo, algumas fotos das duas se divertindo. Depois vou escrever sobre a diferença de tratamento do segundo filho e dos cuidados que sempre temos que ter!!

 As torcedoras oficiais!!
 Intervalo de almoço!
 Brincando juntas!
 Sempre!!!
 A cara da pessoa diz tudo (enquanto a outra come maçã)
 Se passam o dia todo juntas, porque à noite seria diferente?

Pois é! Pelas fotos percebo que estou fazendo um ótimo trabalho com as duas. Participo, brinco, trabalho fora e sou feliz assim!

Espero que tenham gostado!

Até a próxima.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O Parto!


Estou de volta!! Hoje foi escrever sobre o meu parto. Gente, sempre disse aqui que a segunda gestação estava sendo muito diferente da primeira, porém, nunca imaginei que o parto também seria. Pois é, foi!

Pois bem. Em uma manhã linda, com um sol maravilhoso, na data de 17 de Janeiro de 2014, às 08:10 da manhã nascia minha princesa Maria Eduarda, com 39 semanas, medindo 49cm e pesando 3.035 kg, super vermelhinha e bem calminha.

(Maria Eduarda)
Mas, o que eu vou relatar é basicamente o que foi diferente na cirurgia e no pós parto.

Para começo de conversa, estava super tranquila. Ao chegar no centro cirúrgico, logo senti o cheiro de pele queimada (normal, já que haviam 7 mulheres parindo ao mesmo tempo rs). A anestesista logo pegou minha mão para aplicar os medicamentos e até aí tudo tranquilo.

Passados aproximadamente 30 minutos, nasce Maria Eduarda. Trouxeram minha filha para perto de mim, eu o Pai e a Tia babando pela princesa. Logo depois minha Ginecologista começou a me costurar e, quase ao final da cirurgia, eu comecei a tremer. Isso mesmo TREMER! Como assim?!

Virei pra Anestesista e disse que estava tremendo e que não conseguia me controlar, daí ela disse que era normal. Mas como poderia ser normal, se no parto da Maria Helena eu não senti nada?! O fato é que ela teve que aplicar um medicamento e ficou empurrando minha barriga (lógico, isso antes da Maria Eduarda nascer), presumi que esse medicamento poderia ter desencadeado um processo alérgico, mas depois pesquisei e vi que o tremor é "normal". Mas aqui foi a primeira coisa diferente da primeira cirurgia.

A segunda diferença foi o pós operatório. Mesmo com medicação, sentia arder no lado em que a cirurgia terminou (meu lado direito), mal conseguia me mexer. Não sei se pelo fato de falar muito depois que cheguei no quarto (fui afobada!), sei que fiquei com muitos gases o que piorava ainda mais a dor ao levantar.

Só consegui levantar e ir ao banheiro sozinha no outro dia (lembro bem que na primeira cesárea eu caminhei no mesmo dia). Sentia arder demais e ficava receosa em levantar. No sábado à noite, depois da visita da médica, decidi que era hora de parar de frescura e caminhar, estava decidida a não ficar mais no Hospital e queria ir pra casa no domingo cedo, mas, para isso, eu precisava caminhar.

Gente, vocês não tem noção da dor que eu sentia a cada passo que eu dava. Fiz meu marido acordar 1:00h da manhã para me ajudar a caminhar pelo corredor da maternidade. Ele olhava pra mim com olhar de choro, sabia que eu estava fazendo um tremendo esforço pra caminhar, embora eu não conseguisse disfarçar minha cara de dor.

(Maria Helena feliz, primo feliz, mamãe feliz com a cara acabada, rs)

Dei alguns bons passos e fomos nos recolher. No outro dia, no domingo, quando fomos pra casa, foi quase quinze minutos até sair do quarto, pegar o elevador até chegar onde estava o carro. Era muita dor! Meu marido não queria nem que eu fosse embora, achou que eu estava debilitada demais pra ir ora casa. Mesmo assim fomos, aos trancos e barrancos eu queria minha casa.
(Meus amores encantados)

Chegamos em casa e eu andava corcunda, andava pouco, passava a maior parte do tempo deitada. Para tomar banho era uma luta, tive que colocar uma cadeira debaixo do chuveiro pra poder tomar banho direito, tudo porque minha cirurgia ardia demais a ponto de eu não conseguir ficar em pé por muito tempo.

Para piorar a situação, no segundo dia em casa, meu marido foi trocar o curativo pra poder limpar e tudo e aí ele levou maior susto quando viu que minha cirurgia estava saindo secreção. Pois é, aqui vai a terceira coisa diferente. Saía seroma da minha cirurgia, uma secreção chata, sem odor, sem sangue, não era infecção, era seroma (faz parte do processo de cicatrização). Nunca fui dessas pessoas que liga pra médico o tempo todo, mas tive que ligar pra minha até pra me tranquilizar.

Foram quase 5 dias trocando 3x ao dia o curativo e drenando o bendito seroma até secar! Pensem numa coisa chata! Ninguém merece passar por isso. Pelo menos as dores estavam bem menos.
Após 7 dias, eu parecia outra pessoa. A melhora foi quase instantânea. Parecia que eu nunca tinha passado por dor alguma, seroma? Oi? Gente, simplesmente acordei 100%.

Com 10 dias fui tirar os pontos,o lado que saía a secreção (lado esquerdo apenas) já estava ótimo e do lado direito a cirurgia estava totalmente fechada e seca. Aproveitei e perguntei pra médica quando eu poderia retornar ao trabalho, simplesmente porque:
a) Maria Eduarda mamava 7:30hs depois de pegar sol e tomar banho e só acordava 11:00hs;
b) Meu escritório fica em frente ao prédio que eu moro, o que facilitou bastante já que não pegaria trânsito pra chegar lá;
c) Trabalho basicamente sentada, fazendo petição e atendendo cliente (pessoalmente e por telefone);

A resposta dela foi: "Eu, com 15 dias, já tirava plantão". Se não vais fazer esforço, não tem problema. Evita pegar peso e caminhe devagar. Repouse ao chegar em casa e se der, trabalhe um turno, apenas. Era tudo que eu precisava ouvir! 
Aqui fica a quarta diferença. Na gestação da Maria Helena, eu parei minha vida pra cuidar dela, exclusivamente por um ano e me sentia culpada porque sabia que, quando tivesse o segundo filho, eu não poderia ter esse luxo. Não porque eu não quisesse, mas porque a medida que nos comprometemos com algo, fica difícil abrir mão de tudo. Por mais que a criança seja pequena, por maior amor que você sente pelo seu filho, o trabalho nos dignifica, nos deixa leve, faz a gente se sentir últil. A maternidade é algo mágico, mas eu não suportaria ficar em casa sem fazer nada, outra vez!

Graças a Deus a babá das minhas filhas é da família, já trabalha na casa do meu marido há 20 anos, super de confiança e isso contribuiu bastante pra eu poder voltar ao trabalho aos poucos. Quando Maria Eduarda chora, ela me liga e eu chego rapidinho pra amamentá-la (ultimamente a bichinha tem mamado bastante!).

O fato é que hoje estou super bem. Por necessidade tive que dirigir algumas vezes (já que o marido não está mais presente). Foi um dia em que eu disse: Senhor, confio em ti, me Guia e não deixe nada acontecer". Liguei o carro e fui onde tinha que ir. Graças a Deus não senti nada, foi tranquilo e quando preciso, crio coragem, tenho fé e vou.

Hoje já me sinto bem disposta, o fato de acordar duas vezes na madrugada para amamentar não tira o ânimo de ir trabalhar. Pelo contrário, olho minhas filhas e a coragem aumenta. Quero elas me vejam como exemplo por isso faço de tudo pra não ter "tempo ruim", tento manter a calma e certas situações e sempre com fé em Deus de que tudo vai dá certo.

Assim estão sendo meus dias pós parto. Sem dor, sem sofrimento, sem desculpas para não ir trabalhar. Amo ser mãe, mas também amo meu trabalho. E, enquanto eu puder e conseguir conciliar as duas coisas, sei que serei uma mãe melhor e uma profissional mais dedicada.

Ah! Ia esquecendo. A quinta coisa foi a perda rápida dos quilinhos ganhos durante a gestação. Na verdade, engordei pouco e com 10 dias já estava no meu peso normal. Coisa boa, né?! Estou super feliz por poder usar minhas roupas de novo, minhas calças 36. Só não meti a cara nos saltos, vou aguardar os 30 dias,rs.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O apelido do meu filho é...?

Vi uma postagem no face da página "Diário de uma gravidez" com uma foto de um bebê que tinha esses dizeres: " O apelido meu filho é..?". Não me contive em apenas ler e não falar sobre isso. 

Muitas mães podem até gostar que apelidem seus filhos, eu, particularmente não faço parte desse rol. Quando Maria Helena nasceu, eu e meu marido tínhamos combinado que evitaríamos qualquer tipo de apelido que colocassem em nossa filha. Chegamos mesmo até sermos taxados de "chatos" por conta disso. 

Mas, vamos pensar juntos. Nós pais, passamos quase seis meses para decidir  qual o nome que nosso filho terá. Aí do nada, surge uma criatura e resolve colocar um apelido nada a ver! Chego a conclusão de que os apelidos são sinônimos de preguiça. Isso mesmo. Preguiça de dizer o nome da pessoa. Não seria mais simples chamar a pessoa pelo nome do que pelo apelido? Que dificuldade há nisso? Dói? Machuca? Acho que em determinadas pessoas sim!

Acreditem, dói mais nos pais que, muitas vezes colocam nomes em seus filhos para homenagear alguém (caso da Maria Helena que levou o nome da avó e bisavó), para, do nada, aparecer uma criatura e resolver chamá-la de Malena ou de Maria ou de Helena somente. 

Não! Não gosto! Chamem minha filha de Maria Helena, este é o nome dela. Nome lindo, diga-se de passagem. 

Quem tem seus filhos e permite que pessoas os chamem como bem entenderem, azar o seu. A minha filha não aceito. 

Outro dia, Maria Helena chega da escola e diz que recebeu um convite de aniversário da amiga que se chamava "Gigi". Na hora eu disse: " Maria Helena o nome dela é este mesmo, Gigi?". Ela disse que não que era Giovana. E ali eu expliquei que não queria que ela chamasse a amiguinha por Gigi e sim por Giovana. A moleca não se contentou e contestou dizendo que a professora chamava de Gigi. 

Não me restou outra alternativa e já aproveitando o gancho, fui na escola e falei com a professora sobre meu posicionamento em relação a apelidos e pedi que, a partir daquele momento ela se referissem aos alunos pelo nome, principalmente quando fosse falar com Maria Helena e aproveitei pra dizer também que eu não gostava que a chamassem só de Maria ou só de Helena, que era para chamarem ela pelo nome todo. 

Prontamente fui atendida e a professora passou a chamá-la exatamente como pedi e como é o nome dela!

Eu por exemplo, me chamo Lidianne Kelly mas o Kelly pra mim e nada é a mesma coisa. Ninguém me chama pelo nome todo e quando alguém me chama (mamãe) é porque o negócio é sério! Em contrapartida, meu irmão que não sabia pronunciar meu nome, colocou-me um lindo apelido "ieiê" e até hoje ele só me chama pelo apelido. Tá, é meu irmão, darei um desconto. Até porque a única pessoa no mundo que me chama de "ieiê" é ele!

Outro exemplo que surgiu em relação a apelido, foi da minha irmã mais nova. Ele também, não sabia pronunciar Letícia e a apelidou de Pepeta. Para nós (irmãos) ficou Pepeta, e para alguns amigos até ela se rebelar e começar a cortar (não colou pra gente). 

Mas, uma coisa é ser apelidada por um irmão e outra por uma pessoa que não convive contigo, não tem intimidade, e se acha no direito de te colocar um apelido horrível! É demais, não acham?!

Continuarei com a mesma política de não aceitar apelidos com Maria Eduarda. Esse negócio de "duda ou dudinha" tô fora! É Maria Eduarda e pronto!

Recado está mais que dado e mais que claro!

Na licença eu procuro mais temas legais pra escrever. 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Nosso 2013.



Eu, particularmente não sou fã de anos ímpares (2013), mas, confesso que 2013 começou bem difícil e terminou de uma forma tão maravilhosa, que acabei com essa frescura em relação aos anos ímpares.

O que posso dizer sobre 2013? Começamos o ano nos mudando para nosso apartamento, nosso lar. E, como todas as pessoas que fazem mudanças, com ela vem as dívidas e o aperto financeiro. Sabíamos que seria o ano de fazer contas e viver com o orçamento apertado. Afinal, não há conquistas sem sacrifícios (pelo menos para mais da metade da população). Começamos então a mobiliar nosso apartamento, planejamos cada móvel, cada cor, cada espaço, tudo para que ficasse a "nossa cara". Maria Helena agora tinha um quarto só dela, delicado, cheio de brinquedos, como sempre sonhei.
 A chave da nossa casa!
Maria Helena escolhendo o sofá!
 Enquanto os móveis não eram montados! Improviso. 
Só Chico na causa!

Comecei também o ano de 2013, metendo a cara em meu próprio escritório de Advocacia, e, me surpreendi com o resultado tão rápido. Aprendi muito, cresci mais ainda. Neste quesito, posso afirmar que fui muito feliz. Descobri quão maravilhoso é o Direito. Consegui alcançar um público excelente. Consegui atuar em uma área muito boa, que é Direito Imobiliário. Plantei muitos frutos. Me superei. Encontrei forças para jamais desanimar. Segurei muito a barra. Descobri o quão exigente sou, principalmente comigo. Descobri também que posso mais, que, com um pouquinho de força de vontade, ninguém me segura. Contei com o apoio incondicional do marido, muitas vezes ele me puxou a orelha, me orientou, disse palavras duras, tudo isso pra mostrar o meu potencial e, graças a ele, eu descubro diariamente o quanto posso melhorar, o quanto posso conseguir aquilo que realmente desejo e por isso, agradeço à ele por tudo.


 Montagem dos móveis do escritório.


 Em Fevereiro de 2013, Maria Helena começou a estudar. Mostramos novas oportunidades à ela, proporcionamos novos desafios e assumimos o risco da liberdade e da independência dela. Se nós nos arrependemos? De forma alguma! Foi a melhor coisa que fizemos por ela. O crescimento e desenvolvimento foi imediato!

Primeiro dia de aula.

Na semana santa de 2013, descobrimos que eu estava grávida. Levei um susto. Não tem como dizer que fiquei super feliz de cara, porque uma mistura de sentimentos se passava em minha mente. A primeira coisa que pensei, foi no meu trabalho. Eu estava apenas começando, o que eu iria fazer? Até descobrir depois que Deus age na hora certa e aí, entreguei nas mãos d'Ele. Meados de Agosto, minha sociedade já não estava 100% e eu comecei a pensar em desistir, mas, resolvi continuar. Em Setembro, tomei uma decisão importante e a partir dali era eu e eu. Em Outubro, começaram alguns rumores de que meu marido seria nomeado em um Concurso que ele havia feito em 2009 e, para piorar, começávamos a especular sobre nossa vida. No final de Novembro, a nomeação saiu. Ele tomou posse e teve que trabalhar em outro Estado.

E, quando percebemos, o ano estava terminando. Quantas mudanças! Mudanças ótimas! Então eu comecei a perceber que tudo tem seu momento. Não adianta o desespero, Deus já está com tudo preparado. Decidi então me desfazer da sociedade, conheci outra Advogada que estava precisando de alguém pra dividir custos em um escritório, que se disponibilizou a cuidar de todos os meus processos enquanto eu estivesse de licença-maternidade, além de ter larga experiência na Advocacia, é muito comprometida com o Direito e, Deus  não poderia me ajudar de outra forma, a não ser a colocando em meu caminho, tenho certeza de que cresceremos muito juntas. Concluindo: estou tranquila, curtindo o final da minha gestação com todos os meus processos em dia, com todas as orientações repassadas, com novo escritório, com nova mobília, com novos projetos. Quanto ao trabalho do meu marido, ficaremos ponte aérea ou via terrestre por pelo menos 6 (seis) meses. Já pensamos em outras alternativas. Mas isso são outros quinhentos..

Na posse dele.

Em 2013 conquistamos muitas coisas, adquirimos muita experiência, amadurecemos como pessoa e como casal, fizemos muitos planos, conseguimos iniciar 2014 com boas projeções. Maria Helena se tornou mais independente, viajou mais com as avós, aproveitou as férias, fez amiguinhos na escola, desenvolveu com perfeição a fala, etc. Em minha família, tivemos duas perdas, minha irmã e cunhada perderam seus bebês. Em compensação, minha irmã que morava longe da minha mãe, retornou para a mesma cidade. Meu irmão mudou de cidade, mas mesmo assim ficou perto da minha mãe. Minha avó/bisavó da Maria Helena fez um exame para controle do câncer do mama e graças a Deus não houve nenhuma alteração. Os demais parentes todos bem!

 Iniciamos 2014 com esperança, com amor, com união. Contando os dias para a chegada de Maria Eduarda em nossa vida. Espero que seja um ano de muitos frutos colhidos, de muita esperança, de muita saúde, de muito amor, de muita esperança´, de muita fé.

Desejamos que todos tenham um excelente ano!! E vamos que vamos com o blog..