Ah! Se eu soubesse. Com certeza não teria me desesperado tanto! Nunca imaginei que, aos dois anos a independência fosse tão grande. Não sei se me sinto aliviada ou receosa. Aliviada pelo "trabalho" que já não temos mais e receosa porque nossos filhos crescem!
Aos dois anos, Maria Helena só me surpreende. E, parece que surpreende os que estão ao seu redor. Desde o dia em que decidimos deixá-la viajar sem babá e sem nós, pais que chegamos a conclusão de que ela cresceu!
Foi engraçado nossa chegada em Imperatriz. Ela estava na chácara e passamos direto pra lá. Ao ver o carro já ficou sem ação, quando baixamos o vidro e ela ouviu minha voz, primeiro ela gritou, depois bateu palma e ficou extasiada. Quando descemos do carro, ela simplesmente nos abraçou e não conteve as lágrimas e o sorriso ao mesmo tempo.
Depois disso, não desgrudou nas próximas doze horas. Fez manha, só queria a mamãe, até que no dia seguinte, ela já estava normal. Amanheceu chamando a vovó pra ver o pato na lagoa e pra dá comida para as galinhas e aí pronto. Maria Helena já não era mais uma bebê linda, se transformara numa mocinha.
A partir daí, abandonou sopinhas e come arroz, feijão e carne e tudo que derem à ela. Já dorme sozinha, brinca e quase nunca ouvimos o choro dela (mas ela nunca foi de chorar mesmo). E, descobrimos um amor sem igual que ela sente pela prima Lídia, que tem 5 anos. Tudo que ela faz, Maria Helena imita. Tudo que nós falamos, ela repete. Para tudo que perguntamos, ela tem uma resposta pronta. Observa as pessoas de uma forma perfeita, a ponto de saber até de quem é a roupa. Por ex. Papai (meu pai) usou a sandália do pai dela, não deu outra. Maria Helena solta: "Vovô, sandália do papai né?!". Essas coisas que todos ficam besta!
Outra coisa que nos impressionou bastante, foi o fato dela se abrir com as pessoas depois de alguns contatos. Nunca ela foi de se abrir com a primeira pessoa que aparecesse na frente dela. Sempre ela analisa primeiro. Aqui não foi diferente, mas hoje, ela fala com todos, sem distinção.
A obediência é outro ponto forte. Tudo que pedimos ela faz, mas, é claro, tem seus momentos de birra e aí, ninguém segura. Mas, na maioria das vezes, é super tranquila. Aos dois anos ela nos surpreende com sua curiosidade e sua linguagem e hoje eu vejo que o único bebê que eu terei, é o que vai nascer rs.
Nossos filhos crescem, se tornam independentes num piscar de olhos. Por isso devemos aproveitar ao máximo e não exagerar nos mimos e não privá-los de novas experiências. A independência tem que ser estimulada desde pequenos. Criança dependente de mãe e de pai sofre. Quero que Maria Helena seja independente e saiba andar com as próprias pernas cedo, nosso papel é apoiá-la e orientá-la e nunca prendê-la debaixo de nossas asas.
Estamos curtindo nossas férias de 15 dias e amando cada segundo com a família. Ainda seguiremos viagem para São Luís pra ela curtir as titias/dinda, primo e a avó que, com certeza, estão morrendo de saudade dela.