sábado, 23 de fevereiro de 2013

A fase do "não".

Quem disse que filho tem manual de instrução? Nem nós temos, né?! Mas bem que poderíamos ter, facilitaria muito a nossa vida. Mas, como nem tudo é perfeito e precisamos da imperfeição para nos aperfeiçoarmos, lá vai..

Maria Helena está nessa fase há um tempinho. Fase difícil! Tudo pra ela é "não". Para todas as perguntas, a resposta sempre é a mesma: "não". O que fazer? Como proceder? Como ensiná-la a dizer sim ao invés do não? Ô tarefa difícil!

Às vezes, do nada ela solta um não, chega os olhos brilham. É desafiador! Para testar, eu sempre pergunto algo que ela gosta de fazer e assim estimulo a dizer sim, mas não adianta, o não sempre prevalece.

Conversas, conversas e mais conversas, paciência transcende o limite normal. Ela chora, esperneia, grita, faz a cara mais piedosa do mundo e eu ali, firme e forte, dizendo que nem tudo é não e que ela tem que aceitar que o que eu falo é o melhor pra ela..ô tarefa difícil, minha gente!

Estamos nessa fase nada tranquila e porque não extremamente difícil. Os "nãos" em casa dirigidos à ela, são poucos. Quase nunca a reprimimos, justamente por isso. A criança tende a dizer não quando recebe muito não, só que isso não acontece, que coisa! Eu a deixo super livre, faz quase tudo que quer, afinal, precisa gastar energia, mas sempre impondo alguns limites, que, por vezes, são necessários.

Vou pesquisar mais sobre essa fase, porque tá difícil!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Medo x Desenvolvimento


O tema surgiu logo no início das aulas de Maria Helena. Perceber, analisar e ter seu posicionamento, é fundamental para o desenvolvimento da criança sem a interferência de terceiros (amigos, conhecidos, pai, mãe, etc).

O medo muitas vezes nos priva de realizar algo ou alguma coisa, isso é fato. Também impede de descobrirmos algo extraordinário e isso se aplica às crianças. Percebo o medo estampado na cara de algumas mães ao deixar seus filhos livres. Sim, livres!

Sou daquelas que é preciso ir lá, errar, cair, se ferir e descobrir a magia de aprender algo novo. Sempre defendi as mães que tem cuidado com seus filhos sem exageros. É necessário deixá-los livres para descobrir o mundo, os objetos, aguçar os sentidos...

Ser mãe de menina não é fácil. Primeiro porque as pessoas pensam que elas são bonecas, que não podem correr, gritar, cair, se machucar. E não é assim, antes de tudo, elas são crianças e precisam brincar, cair, chorar, gritar! Precisam curtir ao máximo esse tempo que jamais voltará!

Outro dia Maria Helena brincando com meus sapatos (ela gosta dos mais altos), foi querer passear pela casa sozinha, sem se apoiar na parede, não deu outra, caiu feio! Chorou, se esguelou e, cinco minutos depois, lá estava ela novamente com meus sapatos. Fica a lição de que ela agora terá mais cuidado (como de fato teve) e não cai mais. Anda a casa toda com meus sapatos morrendo de rir e feliz da vida. Se eu fosse uma mãe neurótica, eu simplesmente a proibia de chegar perto dos meus sapatos porque isso poderia machucá-la novamente!

Levanto a bandeira do incentivo. Temos que incentivar. Nosso papel de mãe é esse. Temos que despertar a coragem em nossos filhos, a vencer obstáculos desde cedo, a estabelecer limites, a não ser tão rigorosa nos horários, a ser mais flexível. Não estamos o dia todo e o tempo todo com eles, temos que orientar nas coisas básicas, para que isso crie mais independência e confiança.

O medo atrapalha o desenvolvimento. O medo impede a descoberta. O medo de que algo poderá acontecer, impede que seu filho aproveite o melhor da vida. Lembro como se fosse hoje, Maria Helena engatinhando para trás pela casa toda. Ela ia até bater na parede e voltava. O pai dela disse para eu tirar ela antes dela bater na parede porque ela ia se machucar. Eu disse não. Ela tinha que encostar na parede para ter a noção de espaço e para saber até onde ela podia ir. E assim foi! Ela já não encostava mais na parede a ponto de se machucar, ou seja, aprendeu!

Aqui em casa ele (pai) é a mãe. Ele é mais medroso, mais cauteloso. Eu não, deixo ir, cair, chorar, sorrir e fazer de novo. E sempre foi assim. Outra coisa interessante foi quando Maria Helena começou a fase de transição. O medo de engasgar era nítido. Já estávamos preparados para qualquer coisa caso ela viesse a engasgar. Quando ela pegou uma coxa de frango e comeu toda, ficamos abobalhados. Era a hora de deixar Maria Helena comer carne sem medo, frango e frutas em pedaços. A partir daquele momento, ela começou a comer tudo. Sempre optamos por pedaços grandes, assim ela não engasgaria fácil e caso engasgasse, era mais fácil ainda desingasgar. Outro medo superado!

Agora estamos colocando ela para dormir só, no quarto dela, com a ajuda da babá eletrônica é claro! Nos primeiros dias foi mais difícil para mim ter que acabar com a cama compartilhada. Mas essa experiência ficará para o próximo post..

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Primeira semana de aula: outra percepção!

Porque falar sobre a primeira semana de aula? Porque é onde temos outra percepção do momento, onde enxergamos outro lado, o lado do aprendizado, da independência da criança. O segundo dia de aula foi bem mais tranquilo, a sala de aula já não estava super lotada de mães e pais. Incrível!

Muitas mães tiveram a mesma atitude que eu. Sentiram os filhos no primeiro dia e no segundo dia já deixaram só, ficaram meia hora observando o desempenho e depois se sentiram seguras para ir trabalhar. Assim que deve ser. Mas, algumas crianças não tiveram essa segurança e aí as mamães tiveram que ficar um pouco mais, sempre saindo da sala, ficando meia hora longe e depois aparecendo novamente.

Maria Helena não me surpreendeu, fez exatamente o que eu previa. No início ficou tímida, mas logo depois, se soltou e eu "fugi". Não chorou, se comportou de novo, não deu trabalho.Já conseguiu lanchar melhor e interagir!

Volto a bater na tecla de não colocar o filho com 3 anos na escola. Vocês precisavam ver o escândalo das crianças. Faziam mais barulho que a turma baby, sério! Era criança chorando, se jogando no chão, agarrada nas pernas das mães, das babás, coisa de deixar qualquer mãe em desespero! Ou, se preferirem colocar nessa idade, que vá preparando o terreno, porque não é fácil!

E hoje, o terceiro dia, foi a primeira festinha de carnaval da Escola. Foi muito legal, Maria Helena e os amigos se divertiram, dançaram, brincaram, se soltaram e as mães todas felizes vendo a felicidade dos pequenos no meio da bagunça. Não me arrependo nem um pouco de ter colocado ela na Escola, acho que foi a melhor coisa que eu fiz, repito!








terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Primeiro dia de aula.


Começou! Começou uma nova fase na vida da minha filha e na nossa também. Como tudo novo assusta, agora não será diferente. Começou outro período de adaptação. Um novo ciclo. Um novo mundo. Mundo de insegurança, de teste, de paciência, de vibração! Entramos no mundo escolar.

Confesso que estava super ansiosa por este momento e Maria Helena também! Na ultima semana sempre falava para ela que as aulas iriam começar, que ela iria estudar com um monte de amiguinhos, que ela tinha que acordar cedo, tomar banho, vestir a farda, tomar café e ir. E ontem eu havia dito à ela que amanhã (no caso hoje), começariam as aulas. Por incrível que pareça (e não estou mentindo, o pai dela ouviu também), passamos ontem a noite pela porta da escola e ela disse: " Mãe, manhã". Ou seja, mãe, amanhã! Arrepiei!



Pois bem, desde o momento em que decidimos colocá-la na escola com menos de 2 (dois) anos, sempre ouvimos opiniões de pessoas amigas, algumas diziam ser cedo, outras que era o momento certo, enfim. Para quem achou que é cedo, eu digo que está errado. Foi a coisa mais certa que eu fiz! Quando nos deparamos com outras mães roendo a unha no corredor, os pais bobos do lado de fora da sala, só observando os filhos interagindo, brincando do modo deles, ali, naquele momento, você percebe que fez a coisa certa.

Você percebe que seu filho ampliará os horizontes, que mesmo na fase de adaptação, ele mostra que vai se sair super bem, enquanto as mães reclamam porque os filhos não choram...(muito engraçado). Mas graças a Deus eu fui preparando Maria Helena para este momento e ela entendeu o que disse. Ficou super comportada, interagiu, não fez birra, não chorou, uma lady!

Agora nos resta ter paciência para que ela fique só aos poucos, se sinta mais segura com a professora e os coleguinhas e, mesmo sabendo que conselho não é seguido, lá vai um: não tenham medo, a escola não é bicho de sete cabeças, é muito bom para o desenvolvimento da criança, se der, não espere até os 3 (três) anos, a adaptação nessa idade é mais difícil!

Brincando com os amiguinhos!

No colo da professora.

Preparada!


Só observando!

Lucas e Maria Helena 

Brincando

Lendo!

Aula de música!

Indo embora!