Boa tarde! Aproveitando para atualizar o blog, já que a princesa está no mais profundo sono.
Bom, acho que o tema de hoje é bem interessante, é mais para uma reflexão.
A maternidade/paternidade assusta muitas pessoas, assim como o casamento, rs. Não é para menos, colocar no mundo alguém, requer muita responsabilidade, dedicação, abdicação e, principalmente, mudança de vida, talvez, esta seja a parte "medrosa".
O fato é que, muitas pessoas dizem nascer para ser mãe. E, eu me pergunto: "E, aquelas que não nasceram para ser mãe, como é que faz?". Hoje, eu sei que isso não tem nada a ver. Ninguém nasce pronto para absolutamente nada! Tudo é um constante aprendizado.
Antes de ser mãe eu me enquadrava muito bem nesse grupo de mulheres que não nasceram para ser mãe (se é que isto existe!). Para se ter uma idéia, minha mãe dizia que eu não tinha nenhuma identificação, relação mínima que fosse, com a maternidade. Verdade seja dita, criança para mim, só com as respectivas mães. Nem minhas primas pequenas tinham afeto por minha pessoa, a situação era "feia".
Eu não tinha horário para nada, como eu morava só, essa palavra "horário"não fazia parte do meu dicionário. Eu não tinha que me dedicar a ninguém, no máximo a algum namoradinho e pronto. Eu não tinha que cuidar de ninguém, a não ser de mim e, isso para mim estava ótimo.
Tudo começou a mudar com o nascimento da minha afilhada, em Agosto de 2010, nossa, custou a passar a fase de "repulsa às crianças". Enfim, após o nascimento dela, começaram a surgir sentimentos novos, de querer bem, de proteger, de abraçar, de se dedicar, de sentir saudade, enfim, naquele momento, tudo estava mudando.
Fiquei muito empolgada com o fato de ser Madrinha, então, queria dar o melhor de mim. Infelizmente, como tive que estudar em outra cidade, perdi um pouco a infância dela e, quase não pude acompanhar seu crescimento. Mas, sempre que era possível, eu estava com ela. Hoje, ela já é uma pré-adolescente, está mais vaidosa do que eu, é uma menina linda. Infelizmente, continuo distante, depois que casei, não voltei a morar na mesma cidade que ela. Gostaria muito de poder estar mais perto dela, ela é um pouco fechada, uma menina de poucas palavras e, ao contrário de mim (na idade dela), é louca por criança.
Depois dela, nasceu a filha de um tio muito querido, logicamente, que o afetou passou a filha. Desde então, sempre procurei não só presenteá-la com bons presentes, mas, a dedicar um pouco do tempo que eu tinha, à ela. Hoje, ela tem 3 anos, é uma fofa, super inteligente, meiga, ciumenta e, o xodó do meu pai.
Mas, mesmo descobrindo sentimentos novos, não tinha a dimensão do que significava ser mãe. Eu sempre ouvia as pessoas dizerem que mãe é padecer no paraíso, que amor de mãe é o amor mais verdadeiro, mais puro, mas, eu achava que era tudo exagero.
Eu, não conseguia me enxergar sendo mãe, mas, sempre achei que tudo era uma sequência de acontecimentos, se eu estava disposta a casar, consequentemente, estaria disposta a ser mãe, para mim, uma coisa leva a outra (embora exista casais que preferem não ter filhos), isto é um pensamento meu, frise-se!
Quando decidi casar, já tinha em mente que não queria demorar muito para ser mãe. E, foi o aconteceu.
Casei em Janeiro de 2010 e, eu e meu marido, decidimos não retardar a maternidade até porque eu tinha problemas para engravidar. Desde o casamento nós não nos preveníamos. Em Julho, como eu ainda não tinha engravidado, mesmo sem usar de meios preventivos, decidimos esperar mais um pouco. Curtimos as férias de Julho e, ao retornarmos à Belém, já em Agosto, a consulta com a ginecologista já estava marcada para eu poder voltar a tomar pílulas. Na primeira quinzena de Agosto a médica teve que viajar e, minha consulta foi remarcada. Final de Agosto, eu já estava com sintomas estranhos, achando que era porque eu não estava tomando a pilula contraceptiva. Fui consultar com a médica final de Agosto e relatei à ela todos os meus sintomas. Imediatamente ela disse: "Você não está grávida?".
Eu fiquei transparente. Bom, eu não estava me prevenindo, depois de vários alarmes falsos, porque este também não poderia ser? Pensei.
O fato é que, logo depois, descobri que estava grávida. Emoção, entusiasmo, felicidade, fiquei extasiada, mas, ao mesmo tempo, fiquei preocupada. Pensei muito como eu seria uma boa mãe. O que eu poderia fazer para mudar tudo que eu era, vestir nova roupagem, como, de repente, eu teria que mudar de vida, como eu poderia cuidar de uma criança, um turbilhão de dúvidas assolavam minha mente.
Imediatamente, pedi a Deus ajuda, proteção e sabedoria, para que, a partir daquele momento eu fosse forte para suportar o que me esperava.
Depois que a Maria Helena nasceu, minha vida mudou radicalmente. Hoje eu sei o verdadeiro sentido da frase: "Amor de mãe é o mais puro e verdadeiro", "Mãe, é padecer no paraíso". Maria Helena fica cada dia que passa mais apegada à mim e eu à ela. Hoje, minha vida gira em função dela. Meus horários, meus planos, minhas saídas, etc etc.
Confesso que é muito difícil dividir o tempo entre cuidar de um bebê e cuidar de um marido. É quase impossível fracionar o tempo em duas partes iguais para cada um.
Hoje, não consigo imaginar minha vida sem a presença da Maria Helena, sem o abraço dela, sem o cheiro, sem o olhar, sem as birras, sem tudo. Maria Helena é o centro de todo nosso amor, de toda nossa atenção.
Depois que ela nasceu tem sido assim. Onde eu estou, ela está! Agora que ela aprendeu a engatinhar, para todo passo meu, ela está atrás.
Verdade!
Mamães e Papais a maternidade é uma dádiva, não tenham medo. Ninguém nasce pronto, como disse acima, nós aprendemos, erramos, magoamos, perdoamos e, é assim que a vida vale a pena ser vivida.
Fiquem com Deus!